Foi divulgado no último dia 20 o 16º Ranking do Saneamento, levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados, onde é apresentado o panorama da coleta de esgoto nos 100 municípios mais populosos do Brasil.
De acordo com o levantamento, cerca de 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e por volta de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso aos serviços de coleta de esgoto, o que acarreta problemas de saúde na população. Além disso, mais de 5,2 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são descartadas na natureza todos os dias.
Os dados do levantamento foram colhidos de acordo com indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base de 2022, publicado pelo Ministério das Cidades.
Situação na RH-V
Ao levar em consideração os municípios pertencentes à Região Hidrográfica V (RH-V), alguns deles figuram entre os melhores e os piores na oferta do serviço de coleta de esgoto.
Segundo o ranking dos municípios, a cidade de Niterói ficou entre as seis melhores cidades na oferta do serviço de saneamento básico, levando em consideração os indicadores “Nível de Atendimento”, “Melhoria do Atendimento” e “Nível de Eficiência”. Entretanto os municípios de São João de Meriti, São Gonçalo, Duque de Caxias e Belford Roxo figuram entre as 20 piores na oferta do serviço.
De acordo com Halphy Rodrigues, Diretor Técnico do CBH Baía de Guanabara, a região sofre por carências no serviço de coleta de esgoto, o que acomete em uma piora na qualidade de vida da população. “São grandes as carências da RH-V no tema de saneamento básico. Muitos locais não foram contemplados pela concessão dos serviços de saneamento, o que impacta na qualidade de vida da população. Para reverter a situação, o Comitê atua em ações pontuais para complementar a atuação do poder público e das empresas concessionárias.”
Ações do CBH Baía de Guanabara
Tendo em vista a deficiência no acesso ao saneamento pela população, em especial na Região Hidrográfica V (RH-V), o CBH Baía de Guanabara irá investir cerca de R$ 13,6 milhões em projetos voltados para locais que não foram contemplados pelos contratos de concessão do serviço.
Denominado “Saneamento Rural da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara”, o projeto irá contemplar os municípios de Rio Bonito, Itaboraí, Cachoeiras de Macacu, Tanguá, São Gonçalo, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro. O objetivo é retirar carga orgânica dos rios, provenientes de efluentes sanitários domésticos nas zonas rurais, que necessitam de investimentos complementares aos da concessão.