Representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara) participaram do I Congresso Nacional de Manguezais (CONMANGUE 2023), realizado entre os dias 17 e 20, em Niterói, pela Guardiões do Mar por meio do Projeto Do Mangue ao Mar que conta com o convênio da Transpetro. O congresso foi marcado pela troca de experiências e conhecimentos entre academia, sociedade civil, ONGs, comunidades tradicionais e poder público sobre a preservação dos manguezais. Além das palestras, foi realizada a Feira Cultural e Agroecológica, onde as comunidades tradicionais tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos e ações.
Na oportunidade, o diretor-técnico do CBH Baía de Guanabara e coordenador do Subcomitê Leste, Halphy Rodrigues, apresentou o trabalho e os investimentos do comitê, principalmente no eixo leste. Além disso, reforçou a preocupação da preservação dos manguezais, por onde passam os corpos hídricos da região hidrográfica. “A gente sabe que os manguezais da nossa área dependem muito dos nossos corpos hídricos. Nós, do Comitê, estamos atentos a todo esse trecho, da nascente ao mangue, e nossa preocupação é em recuperar e preservar esses ecossistemas”, reforça Halphy.
Durante o evento, também foram apresentadas iniciativas bem-sucedidas na preservação dos manguezais e como elas contribuem para todo o ecossistema. O diretor-secretário do CBH Baía de Guanabara, Rogério Rocco, ressalta a importância das unidades de conservação federal neste contexto. “Na Baía de Guanabara temos remanescentes de manguezais importantes, que são protegidos pela APA de Guapimirim e pela Estação Ecológica da Guanabara, unidades de conservação federais que restauraram e conservam esses manguezais. Isso contribui para a pesca, para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e para a manutenção da qualidade da água.”
Andresse Maria Gnoatto, representante Do Mangue ao Mar e coordenadora do Subcomitê Leste da Baía de Guanabara, lembrou a importância da participação de quem sobrevive do ecossistema. “Esse encontro é importante por estar trazendo os saberes das comunidades tradicionais, que vivem do manguezal e dependem desse ecossistema para a sua sobrevivência. Precisamos inserí-los cada vez mais nos debates a respeito dos nossos recursos hídricos”
O evento foi realizado em celebração ao Dia Mundial de Proteção aos Manguezais e em comemoração aos 25 anos da organização. Pedro Belga, presidente da Guardiões do Mar, ressalta a importância da junção de diversos entes para debater a preservação dos manguezais. “Nós conseguimos reunir artistas, pesquisadores, alunos, pescadores artesanais, quilombolas, catadores de caranguejo, a academia, as prefeituras e o Comitê. Está sendo muito importante essa junção de saberes e conhecimentos para a realização do evento.”
Caso não tenha conseguido ir ao evento, ele será retransmitido em formato on-line entre os dias 26 de julho e 02 de agosto e terá emissão de certificação de até 35 horas. Faça a inscrição neste link.
