Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

 

Plano de Recursos Hídricos (PRH-BG)

O Plano de Recursos Hídricos, ou Plano de Bacia, é um dos instrumentos de gestão previstos tanto na Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal nº 9.433/1997) quanto na Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei Estadual nº 3.239/1999). Seu conteúdo mínimo, conforme a Resolução CNRH nº 145/2012, contempla a elaboração de um diagnóstico da bacia hidrográfica com vistas à produção do balanço hídrico da região, um prognóstico composto por cenários elaborados a partir de um conjunto de projeções, estabelecendo tendências de oferta e demanda com vistas à identificação de um cenário ideal e de um cenário de referência, com metas progressivas definidas em um horizonte de planejamento factível com o potencial de negociação e articulação da bacia. Para alcançar o cenário de referência, as metas estabelecidas são traduzidas em um plano de investimentos que considera programas e ações estruturais e estruturantes visando à melhoria da oferta de água na bacia.

Em linhas gerais, o Plano de Recursos Hídricos serve para orientar a atuação dos gestores e da sociedade em geral, qualificando a tomada de decisão, principalmente, no que diz respeito ao uso, gerenciamento, recuperação, proteção, preservação, conservação, desenvolvimento e melhorias para a qualidade e quantidade dos recursos hídricos de uma dada bacia ou região hidrográfica.

O processo de construção de Planos de Recursos Hídricos é um elemento motivador e de indução da efetiva gestão descentralizada e participativa preconizada pela Lei das Águas, uma vez que são elaborados por meio de processos de participação social e aprovados pelo respectivo comitê de bacia.

O Plano Diretor de Recursos Hídricos da Baía de Guanabara (PDRH-BG), elaborado em 2005, cumprindo uma das etapas do Programa de Despoluição da Baía da Guanabara (PDBG), foi o primeiro Plano de Recursos Hídricos para a região. A entrega do plano para a sociedade, inclusive, coincidiu com a própria instituição do Comitê de Bacia da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara). Reitera que esse plano não contemplou os sistemas lagunares e visou ser um instrumento de gerenciamento apenas dos recursos hídricos das bacias drenantes à Baía de Guanabara (trecho leste e oeste), buscando, em um horizonte de 15 anos, otimizar a utilização da água, harmonizar conflitos e melhorar as condições de disponibilidade hídrica em volume e qualidade compatíveis com seus vários usos, além de propor ações para reduzir a ocorrência e a extensão de eventos extremos. Diante da necessidade, em 2019, o CBH Baía de Guanabara aportou recursos para a atualização e complementação do Plano de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (ver Ato Convocatório AGEVAP nº 09/2019). Abaixo segue uma lista dos produtos esperados no âmbito desta contratação, com destaque para os que já foram entregues desde setembro de 2019 e os que ainda serão elaborados até maio de 2022, quando se dá o fim da contratação (atualizar com o lançamento do Plano de Recursos Hídricos).

O diagnóstico do Plano de Recursos Hídricos, aprovado em 2020, divide-se em três tomos, sendo o primeiro voltado para a caracterização dos municípios e da Região Hidrográfica V (RH-V) como um todo, o segundo aborda principalmente os sistemas lagunares e apresenta o balanço hídrico. O balanço hídrico está sintetizado na Figura 2 abaixo, na qual se observa a criticidade da região hidrográfica.

O terceiro tomo é o resultado da participação social na construção do diagnóstico e a consolidação das agendas temáticas, que congregam de forma gráfica as diversas informações compiladas e analisadas na etapa do diagnóstico. Veja abaixo a síntese das agendas.

Como resultado, as agendas temáticas apresentam o nível de criticidade entre as Unidades Hidrológicas de Planejamento (UHPs) existentes na RH-V quanto a um determinado tema, o que pode ser observado abaixo. É importante destacar que, conforme apontado no Plano em elaboração, não há situação de conforto hídrico na região da Baía de Guanabara e, sendo assim, o que as agendas apresentam é o resultado comparativo entre as UHPs, dando maior subsídio à tomada de decisão.

O prognóstico, aprovado em março de 2021, foi elaborado por meio de metodologia que permite prospectar possibilidades de futuro em um contexto de incertezas. O relatório consiste em uma ferramenta para compreender as tendências do ambiente e ordenar a percepção sobre possíveis futuros alternativos, permitindo a construção de cenários e preparando os sistemas para atuarem adequadamente em qualquer realidade que emergir da atual. Para a construção dos cenários, foram levadas em consideração condicionantes que apresentam alto grau de incerteza, mas que são de grande impacto na realidade futura da RH-V. Por exemplo, na análise para desenvolvimento dos cenários considerou-se fatores institucionais e socioeconômicos externos do macroambiente, englobando variáveis mundiais, nacionais e regionais e também fatores institucionais e socioeconômicos internos, que exercem influência direta dentro dos limites da RH-V. Ressalta-se que para essa etapa de cenarização foram utilizados materiais e consultada literatura previamente existentes.

Após desenvolvimento do diagnóstico e prognóstico, se deu a elaboração do Plano de Ações do PRH-BG, que contou com:

  • Relatório de metas e indicadores;
  • Relatório da reformulação das diretrizes para implementação dos instrumentos de gestão;
  • Relatório da avaliação da proposta de aperfeiçoamento do arranjo institucional e recomendações para os setores usuários, poder público e sociedade civil;
  • Propostas de ações, intervenções, programa de investimentos e roteiro de implementação do plano.

Foi o relatório de metas e indicadores que apresentou os parâmetros que orientam a proposta de ações e intervenções na RH-V e os indicadores e métricas de acompanhamento e de efetividade da implementação do PRH-BG. Nessa etapa também foram apresentadas as cinco componentes estratégicas do PRH-BG, idealizadas para articular o planejamento e gestão da RH-V, oferecendo ferramentas que permitam gerir os recursos hídricos superficiais e subterrâneos de forma efetiva, garantindo uso múltiplo, racional e sustentável. As componentes estratégicas estão ilustradas abaixo.

As componentes estratégicas são os grandes eixos estruturantes do PRH-BG. Toda a sistematização e estruturação do Plano de Ações se dá sob a ótica dessas componentes, que são macrotemáticas que estão relacionadas com as agendas temáticas construídas durante a etapa do Diagnóstico e delineiam os objetivos gerais e específicos, além das metas do PRH-BG. 

As propostas de ações e intervenções constantes no PRH-BG foram estruturadas e sistematizadas de forma participativa, com amplo envolvimento e contribuição do CBH Baía de Guanabara. Ao fim, o programa de ações se estruturou em níveis hierárquicos, conforme demonstrado abaixo. Observa-se que os programas, subprogramas e ações foram segregados em cinco grandes grupos, que se relacionam com as componentes estratégicas. Dessa forma, cada componente estratégica comporta seus respectivos programas, de forma a alcançar os objetivos pretendidos. Alguns dos programas de grande abrangência – por exemplo, o programa voltado ao saneamento – são subdivididos em subprogramas. Para cada programa/subprograma existem ações para seu alcance. O plano de ações foi aprovado pelo CBH Baía de Guanabara contendo 144 ações. A estrutura pensada para o Plano de Ações do PRH-BG também trouxe a relação das ações listadas com os macroprogramas, que atualmente são as diretrizes vigentes que norteiam a ação do CBH Baía de Guanabara na ausência do PRH-BG. Essa relação foi pensada para facilitar a transição e o planejamento futuro.

Além desses, foi aprovado também o Banco de Dados, que possui todos as informações georreferenciadas utilizadas no PRH-BG para a elaboração de figuras e mapas, e está sendo incorporado ao Sistema de Informações da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (SIGA-BG). Atualmente a contratação encontra-se em finalização, pendente da finalização do Manual Operativo (MOP), que é uma ferramenta de gestão e buscará nortear e detalhar as ações prioritárias do Plano de Ações do PRH-BG, e do Relatório Síntese do PRH-BG, que é um material pensado para transmitir as ideias e informações do plano de forma sucinta, foi aprovado em sua versão inicial mas depende do MOP para estar alinhado às ações.

O desenvolvimento do PRH-BG pode ser acompanhado diretamente junto ao CBH-BG. Todos os produtos elaborados e aprovados estão disponíveis na sessão Plano de Recursos Hídricos da RH-V em https://comitebaiadeguanabara.org.br/instrumentos-de-gestao/.