Atuação para reparar dano causado no Rio Sangrador beneficia bacia hidrográfica do Subcomitê Jacarepaguá

9 de março, 2023


Crédito da foto: Veronica Beck

Desde o ano de 2018, foi sinalizado pelos moradores do bairro da Freguesia, através do serviço 1746 disponibilizado pela Prefeitura e, posteriormente, diretamente à Fundação Rio Águas, que a estrutura de canalização do Rio Sangrador, estava com problemas, fazendo com que um trecho da canalização caísse para dentro do próprio rio.  

Crédito da foto: Veronica Beck

A Justiça concedeu, em 23 de janeiro de 2023, a tutela de urgência na Ação Popular (processo n.º 0876820-53.2022.8.19.0001) e determinou que a Fundação Rio Águas consertasse em, no máximo, 180 dias, a canalização do Rio Sangrador para sanar o dano ao rio, sob pena de multa fixa no valor de R$ 50 mil, que poderá ser aumentada em caso de descumprimento. 

De acordo com Veronica Beck, coordenadora do Subcomitê Jacarepaguá, foi provado que a demora em reparar o dano poderia causar enormes riscos à população vizinha à área, colocando em perigo a vida e a saúde dos moradores. A Justiça determinou a realização de obras emergenciais de demolição das placas de contenção do trecho nos fundos dos imóveis localizados na Estrada de Jacarepaguá números 7912, 7912-A e 7912-B, com refazimento da canalização no Rio Sangrador, bem como para promover o desassoreamento do trecho citado.  

“O conserto já começou a ser executado pela concessionária no início do mês de março de 2023, o que foi motivo de comemoração pelo reparo do dano ambiental imediato, a fim de evitar maiores perdas, que numa forte chuva como a que ocorreu em abril de 2022, poderia trazer abaixo as construções efetuadas com autorização da prefeitura e causar as mortes dos moradores dessas casas”, destaca Veronica. 

Veronica Beck enfatizou que “quando não conseguimos no âmbito dos comitês de bacias e seus respectivos subcomitês chegar a um bom senso para a recuperação ambiental dos nossos recursos hídricos, não temos outra opção senão buscar ajuda junto ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.” 

“Nosso maior objetivo é sempre proteger e recuperar nossos cursos d´água de uma forma ecologicamente equilibrada, o que é o objetivo final dessa ação popular e, principalmente, evitar catástrofes que levam à perda de vidas cada vez com mais frequência. Precisamos sair do discurso e realmente preparar a nossa cidade e nossas bacias hidrográficas para os eventos climáticos”, explicou a advogada.