Rio Pendotiba. Foto: Prefeitura de Niterói
Integração

Coordenadores e membros do Subcomitê Leste participam de força-tarefa para acompanhar desdobramentos das investigações de contaminação do Sistema Imunana-Laranjal

Operação do sistema foi afetada no início de abril devido à poluição por tolueno

A operação de captação de água do Sistema Imunana-Laranjal, localizado na bacia do rio Guapi-Macacu, na sub-região Leste, foi interrompida no início de abril devido à presença de tolueno (substância tóxica utilizada na gasolina, solvente de tintas e outros produtos) na água. A paralisação durou cerca de três dias e impactou o abastecimento de água de alguns municípios da sub-região Leste, como Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público Estadual estão investigando o caso.

Como forma de acompanhar os desdobramentos da investigação e buscar soluções para o problema, o CBH Baía de Guanabara criou uma força-tarefa com o apoio de membros da sociedade civil, usuários e das prefeituras dos municípios da sub-região Leste.

Dentro do trabalho da força-tarefa, que contou com a participação de membros do subcomitê Leste, foi realizada a coleta de amostras de água e solo na região do vazamento, com a finalidade de identificar a quantidade de BTEX (benzeno, tolueno, etil-benzeno e xilenos), hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) e hidrocarbonetos de petróleo (TPH fingerprint) no solo. A ação teve a participação da Prefeitura de Guapimirim e da ONG Guardiões do Mar, membros do subcomitê Leste. Além disso, o Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais (LabMAM) da PUC-Rio, coordenado pelo professor Renato Carreira, fez a análise das amostras. Os resultados podem ser vistos no mapa abaixo.

Mapa dos pontos de coleta. Fonte: CBH Baía de Guanabara

Além das coletas e do mapa gerado com resultados do tolueno nas amostras coletadas, foi escrito por Andie Maral e Carolina Waite, da ONG Guardiões do Mar, e pelo professor Renato Carreira o artigo Impacto do Tolueno na Qualidade do Pescado na Baía de Guanabara. No texto, os autores detalham a composição da substância e apontam o nível suficiente para impactar a qualidade das carnes de pescado da região.

Já no dia 28 de junho, o coordenador do Subcomitê Leste e Diretor-Técnico do CBH Baía de Guanabara, Halphy Rodrigues, representou o Comitê em audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A audiência tratou da segurança hídrica da bacia hidrográfica Guapi-Macacu. Pescadores e produtores rurais relataram os impactos da poluição por tolueno em suas atividades e cobraram respostas quanto ao controle e investigação da contaminação. Além disso, concessionárias de água, petrolíferas e outras instituições apresentaram ações de mitigação dos danos e de combate à poluição dos corpos hídricos da região que estão sendo realizadas.

As atualizações sobre a força-tarefa do CBH Baía de Guanabara podem ser acompanhadas no site.




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