Palácio Quitandinha. Foto: Luiza Bragança/Prefácio Comunicação
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Petrópolis: uma cidade entre serras

A 64 km da capital, cidade é reconhecida pelo turismo e pela sua história.

A cidade de Petrópolis ocupa, parcialmente, o território da região oeste da Região Hidrográfica V (RH-V), que é contemplado pelo Subcomitê Oeste da Baía de Guanabara. O município, que possui extensão territorial de 791 km² e abriga 278.881 habitantes, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, faz divisa com as cidades de Magé e Duque de Caxias, também do Subcomitê Oeste; e com os municípios de Guapimirim, Areal, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis.

A cidade é famosa pelo turismo, devido às suas serras, palácios, cachoeiras e trilhas, o que levou o Ministério do Turismo a classificá-la como um dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional do país. Além do turismo, a economia da cidade é movimentada pelas áreas da moda, alta tecnologia, setor metal-mecânico, serviços e comércio, além da presença de importantes instituições de ensino e pesquisa, como o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e a Fundação Oswaldo Cruz.

História

Também conhecida como Cidade Imperial, Petrópolis foi criada a partir do projeto de instalação da Família Real, no século XIX. Entretanto, a ocupação da região se deu bem antes do período imperial, quando era habitada pelos povos indígenas dos Coroados. No século XVIII foi aberta uma passagem para viajantes e tropeiros durante o Ciclo do Ouro, caminho este que interligava os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

O imperador D. Pedro I, em uma de suas viagens para a região, se encantou com a exuberância das serras que compõem a paisagem e com seu clima ameno. Desde então, adquiriu algumas propriedades na região, onde pretendia construir um Palácio de Verão, projeto não levado adiante devido à abdicação ao trono, o retorno a Portugal e a morte de seu pai, em 1834. D. Pedro II herdou essas terras, que passaram por vários arrendamentos até que Paulo Barbosa da Silva, mordomo da Casa Imperial, retomou os planos de Pedro I.

Com o apoio do engenheiro alemão Júlio Frederico Köeler, foi elaborado o projeto Povoação-Palácio de Petrópolis, com a doação de terras da Fazenda Imperial aos colonos livres que iriam não só levantar a nova povoação, mas se tornariam produtores agrícolas. A partir disso, em 1845 surgiu Petrópolis, primeiramente como um distrito subordinado a São José do Rio Preto, em 1857 elevada à condição de cidade, e, entre 1894 e 1902, capital do Estado do Rio de Janeiro.

Hidrologia e relevo

O relevo da cidade de Petrópolis é composto por serras, em um ambiente úmido e com vegetação nativa da Mata Atlântica. Na região estão localizadas partes das principais unidades de conservação federal – o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), a Reserva Biológica do Tinguá (Rebio Tinguá) e a Área de Proteção Ambiental de Petrópolis (APA Petrópolis).

As bacias hidrográficas que compõem a região são as do Quitandinha, Palatino e Piabanha, mas, de acordo com estudo de pesquisadores da UFRJ, feito em 2019, as três bacias perderam ilhas fluviais, ficaram menos sinuosas e tiveram até 56% de sua vegetação original suprimida.

Fontes:
https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/02/22/rios-de-petropolis-estrangulados-perda-cobertura-vegetal-aponta-estudo.ghtml
https://www.petropolis.rj.gov.br/pmp/index.php/cidade/30-a-cidade-imperial
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1512/




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