Praia de Copacabana é uma das mais famosas entre os turistas. Foto: Luiza Bragança/Prefácio Comunicação
Glossário Hídrico

O que é a balneabilidade da água?

Conheça o indicador que mede a qualidade da água nas praias

O Rio de Janeiro é conhecido pelas suas praias e belezas naturais que atraem turistas de todo o mundo. Uma visita às nossas praias sempre rende em um belo e divertido mergulho no mar. Mas será que a água do mar é própria para banho? Há algum risco de contaminação por doenças?

Para classificar se a água da praia está adequada para uso existe o indicador chamado balneabilidade. Basicamente, a balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, ou seja, a água que vai ser utilizada de forma direta, prolongada e com possibilidade de ser ingerida em grande quantidade. Alguns exemplos de situações que podem ocorrer esse contato direto são as atividades de natação, mergulho, esqui-aquático, entre outros.

O parâmetro básico na medição da balneabilidade, em termos sanitários, é a densidade de coliformes fecais, que geralmente é advindo do esgoto despejado nas águas. Alguns fatores são levados em consideração para a presença de esgoto nas praias, como a existência de sistemas de coleta de esgoto nas proximidades; a existência de córregos afluindo ao mar; a movimentação turística na região em determinados períodos; os aspectos geográficos e físicos da praia; ocorrência de chuvas e condições da maré.

No Brasil, os critérios de balneabilidade foram estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), na Resolução nº 274/2000, em que as praias são classificadas em duas categorias, “própria” e “imprópria”, sendo que a Resolução subdivide a categoria “própria” em três classes distintas: “excelente”, “muito boa” e “satisfatória”.

Essa classificação é feita de acordo com a concentração de bactérias fecais observada em análises feitas em cinco semanas consecutivas. A Resolução prevê o uso de três indicadores microbiológicos de poluição: coliformes fecais (termotolerantes), Escherichia coli e Enterecocos, conforme tabela abaixo:


Imagem: Emanuel Fonseca/Prefácio Comunicação

Balneabilidade e saúde

O banho em praias impróprias para consumo pode expor os banhistas a infecções por bactérias, vírus e protozoários, o que acarreta desde doenças menos graves, como gastroenterite, até mesmo doenças graves, como hepatite A, cólera e febre tifóide.

Alguns cuidados básicos devem ser tomados nos banhos de mar, como:

• Não tomar banho em praias classificadas como “Impróprias”;
• Evitar o contato com os cursos d’água que afluem às praias;
• Evitar o uso das praias que recebem corpos d’água cuja qualidade é desconhecida, após a ocorrência de chuvas de maior intensidade;
• Evitar a ingestão de água do mar, principalmente por crianças e idosos, que são menos imunes em relação aos adultos.

No Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) produz relatórios de balneabilidade das praias de todo o estado. Os dados são disponibilizados no site do órgão.

Confira os relatórios.

Fontes:

https://cetesb.sp.gov.br/praias/balneabilidadeesaude/
https://www.gov.br/mma/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/agendaambientalurbana/combate-ao-lixo-no-mar/aplicativos/praia-limpa/como-e-medida-a-balneabilidade-1




www.comitebaiadeguanabara.org.br