Integração

O que esperar do clima nos próximos meses no Rio de Janeiro e no Brasil

Com o Inverno cada vez mais próximo, as temperaturas devem cair gradativamente e o ar tende a ficar mais seco

Devido à grande extensão territorial, o Brasil tem, de modo geral, duas estações bem definidas na maior parte do território: o período da Primavera-Verão, quando predominam massas de ar quente e úmidas que elevam as temperaturas e provocam pancadas de chuva, e o período Outono-Inverno, caracterizado pelo clima mais ameno e pelos baixos índices de umidade relativa do ar.

As características de cada época podem tornar-se mais ou menos intensas em função de fenômenos climáticos localizados ou globais. Claudemir de Azevedo, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), explica que, ao longo dos últimos três meses, o Brasil esteve sob os efeitos do fenômeno conhecido como La Niña, que provoca chuvas abundantes, especialmente durante a Primavera e o Verão.

Uma pausa para uma explicação mais detalhada: La Niña (‘A Menina’, em espanhol) é o nome dado ao fenômeno climático-oceânico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico na região compreendida entre os trópicos, ocasionando alterações sazonais na circulação geral da atmosfera. É uma contraposição ao El Niño (‘O Menino’), que corresponde ao aquecimento anormal das águas do Pacífico. Eles jamais ocorrem ao mesmo tempo, alternando-se sem muita simetria. Mas ambos provocam alterações na distribuição de umidade e calor por diversas regiões do planeta. Ou seja, geram a ocorrência de secas em algumas regiões e de chuva intensas em outras.

Claudemir de Azevedo explica que, nesta época do ano, também entram em cena outros fenômenos, como as frentes frias. “As temperaturas tendem a cair à medida que massas de ar frio de origem polar chegam ao Brasil.”

Dessa forma, a tendência é que, com a aproximação do Inverno, que começa no dia 21 de junho e termina em 23 de setembro, o tempo torne-se mais seco e frio em todo o Sudeste brasileiro. Nos próximos meses, os moradores da cidade do Rio de Janeiro podem esperar uma temperatura média de 23 graus. Já nas áreas serranas e em outras regiões de maior altitude, mais suscetíveis à atuação das massas de ar polar, essa média cai para 18 graus.

“Quando estivermos sob influência de uma massa de ar frio polar, é provável que sejam registrados casos de nevoeiros e geadas no Sul do país e também em Minas Gerais, São Paulo e nas áreas serranas do Rio de Janeiro”, acrescenta o meteorologista.

As baixas temperaturas e o ar seco acendem alertas para a ocorrência de queimadas e a incidência mais acentuada de doenças respiratórias e cardiovasculares, já típicas do período. Assim, é prudente ter um agasalho sempre disponível e reforçar a hidratação, sobretudo das vias respiratórias.




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