Integração

CBH Baía de Guanabara acompanha investimentos da Águas do Rio para universalização do saneamento básico

Concessão abre espaço para uma série de ações que buscam garantir acesso ao serviço

Com a aprovação da Lei nº 14.026/2020, que atualizou o marco legal do saneamento básico, desde novembro de 2021 cerca de 10 milhões de moradores de 27 municípios cariocas, incluídos os das zonas Norte, Sul e Centro da capital, passaram a ser atendidos pela companhia Águas do Rio, nova responsável pelos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto no território. Com a concessão veio o compromisso e o desafio de contribuir para a recuperação da Baía de Guanabara – missão compartilhada pelos membros do Comitê da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara), que veem na universalização dos serviços de saneamento um caminho para a melhoria da qualidade ambiental da bacia.

O CBH Baía de Guanabara, atento à prestação do serviço e prezando pela utilização eficiente dos recursos destinados à recuperação da bacia, ocupa cadeira no Comitê de Monitoramento dos Processos de Concessão de Saneamento do Estado do Rio de Janeiro. O grupo tem o desafio de acompanhar e fiscalizar o trabalho das concessionárias privadas, que têm contratos de 35 anos com o governo estadual, alinhando as diretrizes adotadas pela Águas do Rio com as reais demandas e necessidades da bacia.

Apesar de a melhoria hidroambiental da região exigir esforços conjuntos, em pouco mais de um ano de operação a Águas do Rio implementou uma série de ações destinadas a aperfeiçoar as estruturas de esgotamento sanitário existentes, tais como:

⦁ recuperação de redes coletoras;
⦁ reforma, automação e reativação dos sistemas de bombeamento;
⦁ recuperação nas principais estações de tratamento de esgoto, como Penha, Pavuna, Alegria, Ilha, Sarapuí, São José e São Gonçalo.
⦁ desobstrução do Interceptor Oceânico, responsável por captar o esgoto da maior parte da Zona Sul e encaminhá-lo para o Emissário Submarino de Ipanema – trata-se de trabalho inédito nos últimos 50 anos; mais de 2 mil toneladas de resíduos foram retiradas da estrutura antes assoreada, o que aumentou a capacidade do sistema.

De acordo com a concessionária, todas essas iniciativas possibilitaram a retirada de cerca de 43 milhões de litros de esgoto in natura da Baía de Guanabara. Como reflexo, praias historicamente poluídas, como Paquetá, Ilha do Governador, Flamengo e Botafogo, passaram a apresentar laudos positivos de balneabilidade.

Metas
De acordo com o Marco Legal do Saneamento e o contrato de concessão, a companhia tem até 2033 para atingir dois grandes marcos da universalização do saneamento: o primeiro, em 10 anos, quando 99% da população terá acesso a água tratada; o segundo, em 12 anos, quando 90% da população terá acesso a serviço de esgoto.

Nos próximos cinco anos, a Águas do Rio planeja investir R$ 2,7 bilhões na construção de coletores no entorno da Baía de Guanabara, formando cinturões de proteção que vão evitar o despejo de esgoto sem tratamento em sua área de concessão.

Nesse horizonte, em um prazo de 12 anos, serão investidos R$ 19 bilhões nos sistemas de água e esgoto. E, em 35 anos, serão R$ 24,6 bilhões em investimentos diretos. Considerando ainda os valores pagos em outorga (R$ 15,4 bilhões) e impostos estaduais, a companhia vai realizar o maior investimento em saneamento básico do Brasil.

Até o momento, em 18 meses de operação, já foram investidos R$ 1,3 bilhão em recuperação dos sistemas de água e esgoto existentes; substituição e instalação de novas redes; estações de bombeamento e tratamento; ativação de reservatórios de água; e em tecnologia, com a implantação de um dos maiores e mais modernos centros de controle integrado no segmento, capaz de monitorar e operar em tempo real as unidades operacionais.




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