Jaconé, em Maricá. Foto: Dante Bragança/Prefácio Comunicação
Integração

Sistema Lagunar Maricá-Guarapina sofre com poluição e urbanização descontrolada, aponta diagnóstico

Análise foi revelada na atualização do Plano de Bacia da RH-V

O diagnóstico recente sobre o Sistema Lagunar Maricá-Guarapina, revelado na atualização do Plano de Bacia da RH-V, apontou uma situação crítica para os recursos hídricos da região. Composto por cinco lagoas costeiras interligadas, o sistema tem sofrido com a má qualidade da água, causada principalmente pela descarga de esgoto sem tratamento adequado e pelo desordenado crescimento urbano.

Maricá tem se destacado pelo elevado crescimento populacional. De acordo com o Censo 2022, realizado pelo IBGE, a cidade abriga mais de 197 mil moradores – número 55% superior ao registrado em 2010. Atualmente, diversos núcleos habitacionais e condomínios se encontram em fase de planejamento e construção no município, que também é caracterizado pela presença de diversas moradias irregulares.

A expansão imobiliária e a falta de fiscalização sobre a retirada de água dos rios afluentes têm contribuído significativamente para a degradação do ecossistema local. A ocupação desordenada das margens das lagoas e a destruição de áreas de preservação permanente, por sua vez, também figuram como ameaças diretas à sustentabilidade ambiental do sistema lagunar.

O índice atual de abastecimento de água é de apenas 41,8%, muito aquém da meta. Além disso, registra-se a existência de diversos poços subterrâneos para abastecimento, muitos deles clandestinos e sem outorga, colocando em risco os aquíferos locais. Já o atendimento de esgoto da população total é de aproximadamente 10% e quase 80% dos domicílios são providos de fossa. Essa situação agrava a poluição das lagoas, o que prejudica a qualidade ambiental da região.

O diagnóstico ainda aponta que, sem a implementação de medidas urgentes, a saúde do sistema lagunar ficará cada vez mais comprometida, colocando em risco não apenas o meio ambiente, mas as comunidades que dependem da qualidade da água para subsistência, pesca e turismo.

Confira o diagnóstico na íntegra no Caderno de Ação do Subcomitê Maricá-Guarapina.




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