Rio Ubatiba. Foto: Luiza Bragança/Prefácio Comunicação
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Catadores de recicláveis de Maricá irão participar de projeto de apoio socioambiental

O projeto incluirá catadores, comerciantes e demais atores sociais na elaboração de arranjos produtivos para a categoria

Utilizado de forma massiva no mundo, o plástico leva de dezenas a milhares de anos para se decompor. Segundo a ONU, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidos todos os anos no mundo inteiro, sendo que 40% dele acaba sendo descartado em rios e mares.

O Brasil é o 4º maior produtor de plástico no mundo, de acordo com dados do estudo “Solucionar a Poluição Plástica – Transparência e Responsabilização", realizado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Além disso, segundo outro estudo, encomendado pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), com apoio técnico da USP, cerca de 3,4 milhões de toneladas de plástico podem chegar a ambientes aquáticos (rios, estuários e oceano) do país todos os anos. Em contrapartida, menos de 2 milhões de toneladas são recolhidos na coleta seletiva e apenas 204,8 mil toneladas são reciclados.

Tendo em vista a situação da poluição plástica e de outros materiais que são descartados de forma irregular, como alumínio, papel, vidro, eletrônicos, dentre outros, o Subcomitê Maricá-Guarapina irá investir R$ 278 mil em um projeto de apoio aos catadores de recicláveis.

Para a realização do projeto, uma consultoria especializada será contratada e fará oficinas com atores sociais envolvidos, como catadores, ONGs, comerciantes, associações comerciais e industriais, além do poder público. Durante as oficinas serão definidas formas de arranjo para o trabalho dos catadores, soluções para a reciclagem na região e indicação de caminhos para o trabalho em conjunto com os atores sociais interessados.

O formato a ser trabalhado no projeto pode variar entre formação de cooperativas de reciclagem e Arranjo Produtivo Local, definido como uma aglomeração de empresas e instituições, que apresenta especialização produtiva e mantém certo vínculo de cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais. Esses atores podem ser o poder público, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

Entretanto, a decisão final quanto à forma de arranjo que será trabalhada partirá dos próprios catadores, de acordo com a coordenadora do subcomitê, Flávia Lanari. “Serão levados em consideração os diversos formatos de arranjo, mas quem determinará como isso será feito e o caminho de se resolver a questão da reciclagem serão os atores interessados. O Subcomitê Maricá apenas está proporcionando a discussão para que isso se resolva efetivamente.”

Fonte sobre Arranjo Produtivo Local:
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/b8126fa768f69929a146f38122da570b/$File/5197.pdf




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