Foto: Marcos Fabrício/Prefeitura de Maricá
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Maricá ganha nova Unidade de Conservação

O Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento será importante para a preservação da restinga, ecossistema que reduz os danos causados pelas mudanças climáticas

Unidades de conservação (UCs) são importantes equipamentos para a preservação dos ecossistemas. Por meio delas, diversas atividades de conservação do meio ambiente são realizadas, como pesquisas científicas, manejo e educação ambiental.

Tendo em vista essa importância, a região de Maricá ganhou em dezembro do ano passado mais uma área de preservação ambiental, a Unidade de Conservação da Natureza Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento, no Barroco, em Itaipu. A nova UC é a sexta área de proteção integral do município e foi instituída pela Lei nº 3.422, de 13 de dezembro, aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pela prefeitura.

Antes da aprovação da lei, foram realizadas audiências públicas que reuniram representantes do poder público, sociedade civil e especialistas, que debateram a pertinência da criação da unidade. A transformação do local em UC foi motivada especialmente por suas características ecológicas e pela sua importância econômica e socioambiental.

Objetivos da UC

A Unidade de Conservação da Lagoa do São Bento tem o intuito de preservar espécies da fauna e da flora silvestres e abrigar espécies migratórias durante suas rotas, garantindo-lhes alimentação, repouso e reprodução.

Além disso, a UC tem como objetivo de preservar as populações biológicas, o ecossistema e o equilíbrio ecológico local; conservar e manter a recarga de água do corpo hídrico, reduzindo riscos de enchentes e assegurando o abastecimento do lençol freático; e ser um espaço para ações de educação ambiental, pesquisa científica, visitação pública e ecoturismo, estimulando a geração de emprego e renda sustentáveis.

A restinga de Maricá tem sua riqueza ambiental e cultural reconhecida por moradores e visitantes e atrai estudantes e pesquisadores. Além disso, pelo fato de ser utilizada como fonte de abastecimento de água, sua importância socioambiental é inegável.

A Lagoa do São Bento, por sua vez, cumpre importante papel para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, como cheias e calor extremo.

Regras

Para a preservação e garantia do ordenamento, uma série de regras devem ser seguidas por aqueles que visitam e fazem uso do local.

São proibidas, nos limites da unidade de conservação, práticas lesivas ao ambiente natural, como a remoção e a perturbação de espécies nativas da fauna e da flora, seja por aterro, corte, despejo de esgotos e outros resíduos líquidos ou sólidos, poluição luminosa, caça, pesca, queimada, balneabilidade, nautimodelismo, embarcações, flutuantes e introdução de espécies exóticas da fauna e da flora, ou usos que não estejam de acordo com seus objetivos.

Além disso, a entrada de animais domésticos só é permitida em sua zona de amortecimento.

Também são permitidas apenas intervenções ambientais autorizadas por órgão municipal, que visem, exclusivamente, à implantação da unidade de conservação da natureza, como construção de posto de controle; pontos de observação da fauna e para a apreciação da paisagem; cercamento em madeira; sinalização e manejo de fauna e flora, desde que não interfiram na drenagem ou no trânsito da fauna.

Fontes:
https://www.marica.rj.gov.br/noticia/marica-cria-mais-um-refugio-de-vida-silvestre-na-cidade/
https://extra.globo.com/rio/cidades/marica/noticia/2023/12/marica-ganha-mais-uma-area-de-preservacao-ambiental.ghtml




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