Integração
Assinatura do contrato para renovação da comporta da rua General Garzon
Iniciativa visa melhorar condição das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas
Em julho, foi assinado acordo entre o CBH Baía de Guanabara e a Fundação Rio-Águas para implementar um projeto de renovação do sistema de comporta na Rua General Garzon, na região da Lagoa Rodrigo de Freitas. O intuito principal é garantir o controle das cheias e inundações na área do Rio dos Macacos, além de colaborar para a preservação da qualidade da água da lagoa.
Responsável pela gestão dos corpos hídricos na cidade do Rio de Janeiro, a Fundação Rio-Águas lidera a operação das três comportas situadas no bairro da Lagoa. Essas comportas permanecem fechadas durante períodos de seca para evitar que a poluição, resultante de falhas no sistema de esgotamento sanitário ou de lançamentos indevidos, chegue à lagoa. Há um plano de contingência para lidar com a chuva. O novo projeto prevê a renovação das comportas e a implementação de um sistema automático de acionamento, como já ocorre nas demais comportas do sistema.
Momento da assinatura do contrato. Foto: divulgação
Wanderson Santos, presidente da Fundação Rio-Águas, destaca que a recuperação da comporta é fundamental para a melhoria da drenagem da região e da qualidade da água da lagoa. “A requalificação da comporta ajudará a melhorar o escoamento do Rio dos Macacos, tendo em vista que o equipamento antigo não abre em toda a largura do canal, causando um barramento na seção de escoamento. Com a modernização da comporta, a operação será mais eficiente, inclusive para o controle sanitário, impedindo que possíveis poluentes cheguem à lagoa. Isso fortalece o plano de contingência, caso haja qualquer falha no sistema de esgoto da região”, explica Santos.
A diretora-presidente do CBH Baía de Guanabara, Adriana Bocaiúva, enfatiza a importância do projeto para reduzir os danos causados pelas mudanças climáticas. “O aporte financeiro para o projeto de renovação da comporta da General Garzon é estratégico para o controle de enchentes na região. E compõe um conjunto de iniciativas do Comitê relacionadas à adaptação às mudanças climáticas, somados aos investimentos em soluções baseadas na natureza, em Plano de Gerenciamento de Riscos para a Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e planos de manejo para Unidades de Conservação da região.”
Outras iniciativas na Lagoa Rodrigo de Freitas
Diversas iniciativas de recuperação ambiental estão sendo realizadas na Lagoa Rodrigo de Freitas. A concessionária Águas do Rio, que administra o sistema de água e esgoto da região, afirma que, em menos de dois anos, aproximadamente 5,1 milhões de litros de esgoto deixaram de ser descartados na Lagoa.
O processo de naturalização, que visa devolver condições próximas ao ambiente natural em locais onde a ação humana fez mudanças, é uma iniciativa que também melhora a qualidade ambiental desse ecossistema. O biólogo Mario Moscatelli e a paisagista Carolina Moscatelli estão coordenando o processo pela Prefeitura do Rio, por meio da Subprefeitura da Zona Sul e da Fundação Rio-Águas. Os impactos positivos incluem a diminuição de trechos alagados, a presença de novas espécies de flora, como mangue e samambaia do brejo, e o aparecimento de fauna local, como capivaras e guaiamuns. Além disso, em maio, foram instaladas placas educativas e informativas sobre as espécies vegetais e animais encontradas na Lagoa, com o objetivo de que os frequentadores identifiquem e respeitem a fauna e flora da região. Moscatelli também é responsável pelo projeto "Manguezal da Lagoa", que visa restaurar os manguezais da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Controle de enchentes no Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que implementa o conceito de "cidade esponja" para reduzir enchentes e alagamentos. A Prefeitura do Rio, por meio da Fundação Rio-Águas, já construiu jardins de chuva e canteiros drenantes, bem como tem implementado programas de drenagem sustentável e Soluções Baseadas na Natureza em vários projetos e obras. Alguns desses exemplos incluem o Parque Realengo e o projeto de Naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, que devolveu uma área de 1.500 metros quadrados ao corpo hídrico, oferecendo uma solução verde para os alagamentos.
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