Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Foto: Adobe Stock.
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Jardim Botânico abriga flora diversificada no Rio de Janeiro

Espaço bicentenário recebe turistas de todas as partes do mundo e interessados em pesquisas na área de botânica

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro reúne em um só lugar lazer, turismo e pesquisas na área de botânica, devido à diversidade da sua flora. Ao todo, são cerca de 54 hectares de área de visitação pública que atraem 500 mil visitantes por ano, entre público local e turistas de diversas partes do mundo. Ali são cultivadas cerca de 3.400 espécies, entre árvores, plantas medicinais, bromélias, cactos, orquídeas e outros vegetais.

O espaço foi criado em 13 de junho de 1808, após decisão do príncipe regente D. João VI, com a denominação Real Horto ou Horto Real. Naquela época, suas instalações abrigavam, ao mesmo tempo, uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação – no caso, para o processo de transição de ambiente – de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo.

O cultivo das plantas deu origem a inúmeros estudos realizados no local. Com foco em exportação de novas matérias-primas, houve um incentivo à plantação da Camellia sinensis, da qual se produz o denominado chá-preto. Para estudar e produzir sementes para distribuição entre as províncias do Império, os chineses foram convidados a compartilhar seus conhecimentos sobre a cultura do chá e o beneficiamento do produto no Jardim Botânico. Entre as décadas de 1820 e 1830, colheram-se no local cerca de 340 kg da folha. Entretanto, o sabor da planta não foi aprovado pelo mercado e o cultivo decaiu no decorrer do tempo.

Além do chá-preto, outras espécies foram objetos de investigações técnico-científicas, para se obter matérias-primas para o mercado, como a palha da bombonaça (Carludovica palmata), para confecção dos chamados chapéus do Chile ou do Panamá, e as amoreiras (Morus nigra), para alimentar casulos do bicho-da-seda.

Com o passar dos anos, ao mesmo tempo que estudos botânicos eram realizados, a área do arboreto foi sendo ampliada para lazer da população. Foram construídos lagos e cascatas e os pântanos foram aterrados e drenados. Existiam, entretanto, muitas regras para a visitação, o que restringia o acesso a pessoas da alta sociedade e, em alguns casos, a estrangeiros influentes.

Em 1822, após a Proclamação da Independência do Brasil, o local passou a ser denominado Imperial Jardim Botânico e as visitações foram abertas a mais pessoas. Já em 1890, um ano após a Proclamação da República, o local passou a se chamar Jardim Botânico.

Com o passar dos anos, o espaço se consolidou como um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais nas áreas de botânica e de conservação da biodiversidade. A importância é tamanha que o local já recebeu as visitas de Albert Einstein e da rainha Elizabeth II.

Em 1991, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o consideraram como Reserva da Biosfera. Atualmente, denominado Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o local está vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

O Jardim Botânico pode ser visitado diariamente, das 8h às 17h, exceto às quartas-feiras, quando o horário de visita se limita ao intervalo entre 11h e 17h. Os acessos se dão pelos seguintes locais: Rua Jardim Botânico, 1008; Rua Jardim Botânico, 920; Rua Pacheco Leão, 101; Rua Pacheco Leão, 915.

Clique aqui e saiba mais sobre a visitação.

Fontes:
https://www.gov.br/jbrj/pt-br/assuntos/299#multiplas-atividades https://diariodorio.com/historia-do-jardim-botanico-do-rio-de-janeiro/




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