Relatório

CBH Baía de Guanabara lança Relatório de Territorialidade Hídrica do Subcomitê Lagoa Rodrigo de Freitas

Para qualificar a gestão dos recursos hídricos da Região Hidrográfica-V (RH-V) do Estado do Rio de Janeiro, é importante conhecer o território. Para tanto, o Comitê de Bacia da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara) se dedicou a um importante trabalho com o objetivo de sistematizar e representar todos os territórios da Região Hidrográfica V (RH-V). A iniciativa partiu de um anseio dos membros do Comitê e apresenta, de forma didática e aprofundada, o conhecimento sobre a região para toda a população nela inserida. A construção dos Relatórios de Territorialidade contou com a participação dos membros do CBH-BG e com a equipe de Especialistas em Recursos Hídricos da AGEVAP, sua Secretaria Executiva, alocados no Escritório de Projetos do Comitê.

Os Relatórios de Territorialidade correspondem a seis produtos que abrangem todos os Subcomitês do CBH Baía de Guanabara, divididos por temáticas, de acordo com os Macroprogramas definidos para o Plano de Aplicação Plurianual (PAP) vigente. Os estudos que compõem os Relatórios foram estruturados a partir de reuniões iniciais com a Diretoria do Comitê e reuniões semanais com a equipe AGEVAP, obtenção de dados secundários por meio do contato com instituições e órgãos públicos, além de pesquisa bibliográfica e revisão de literatura.

Os Relatórios servirão como ferramenta de ensino e planejamento e auxílio na tomada de decisões na gestão de recursos hídricos da RH-V, tanto para o poder público quanto para o CBH Baía de Guanabara e seus subcomitês.

Os Relatórios de Territorialidade encontram-se divididos em 5 (cinco) capítulos. O Capítulo I traz um panorama geral sobre a Região Hidrográfica V, apresenta o Comitê de Bacia da RH-V, seus subcomitês e os limites dos subcomitês da referida região. O Capítulo II traz uma análise mais detalhada da área de cada subcomitê referente ao seu Relatório de Territorialidade, bem como a análise populacional daquele subcomitê, de acordo com os setores censitário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o Capítulo III apresenta um panorama geral dos municípios da área do subcomitê referente ao seu Relatório de Territorialidade e mergulha em informações mais detalhadas sobre cada um dos municípios da área do subcomitê referente ao seu Relatório de Territorialidade. Por fim, o Capítulo IV discorre sobre o contexto dos subcomitês nos macroprogramas, identificando suas principais potencialidades e fragilidades.

Acesse o Relatório de Territorialidade do Subcomitê Lagoa Rodrigo de Freitas

Confira a seguir alguns dados extraídos do Relatório de Territorialidade Hídrica do Subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas:

Área de atuação do Subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas




A região hidrográfica de abrangência do subcomitê compreende a Sub-bacia da Lagoa Rodrigo de Freitas, a sub-bacia de São Conrado, a microbacia de Copacabana e a microbacia do Vidigal. A bacia de drenagem da Lagoa Rodrigo de Freitas é constituída pelas sub-bacias dos rios Cabeça, Macacos e Rainha e as áreas costeiras das praias de Ipanema, Copacabana, Leme e Leblon e tem como limite norte a Serra Carioca e, sul, o Oceano Atlântico.

Bairros do Subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas.



Plano de bacia

De acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERHI), por meio do Inventário das Estações Utilizadas no Diagnóstico de Qualidade da Água, as estações de monitoramento na bacia contribuinte à Lagoa Rodrigo de Freitas, que são seus afluentes (Rio Cabeça, Rio Macaco e Rio Rainha), mostraram concentrações elevadas dos maiores violadores de classes na RH-V.

Sistemas de Esgotamento Sanitário e Estações de Tratamento de Esgoto na Lagoa Rodrigo de Freitas

Principais potencialidades e fragilidades


● Possibilidade de melhoria no sistema de esgotamento sanitário da região, visto que é necessário investimento para recuperação e manutenção das condições ideais de operação.
● Identificação e contenção de ligações clandestinas efetuadas no sistema de águas pluviais.
● Potenciais parcerias com outros órgãos.
● Mapeamento das residências que ainda não se ligaram às redes de esgoto já existentes.

As questões relacionadas à insalubridade e ao saneamento básico ainda são desafios a serem vencidos pela administração estadual. Os problemas sanitários enfrentados pela gestão das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas persistem em ser fontes de desequilíbrio ambiental no ecossistema. Além da redução do aporte de esgoto pelas intervenções preventivas e corretivas na infraestrutura do sistema de esgotamento sanitário, o aumento da ciclagem oceânica pela entrada das águas marinhas é um fator importante a ser considerado para a solução dos problemas ambientais da Bacia de Drenagem da Lagoa Rodrigo de Freitas.

O espelho d'água da Lagoa Rodrigo de Freitas, além de um importante ponto turístico, é utilizado para atividades de pesca e esportes aquáticos. Como a valoração ambiental de um meio é fruto dos interesses do grupo social, algumas melhorias têm sido observadas ao longo dos últimos anos, como a redução do lançamento de esgoto por ligações irregulares, a redução do índice de contaminação de rios contribuintes, especialmente dos rios Cabeças e Macacos e as reformas nas estruturas sanitárias operadas pela CEDAE. O reflexo mais evidente é o baixo índice de eventos de mortandade de peixes e a melhoria da qualidade das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Rede de esgotamento sanitário na área de abrangência do subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas:



Resíduos sólidos, Drenagem e Água
● Apoio às ações de dragagem no sistema lagunar
● Melhorias no sistema de abastecimento de água
● Busca por soluções em relação às enchentes recorrentes na região

Principais corpos hídricos: O Subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas abrange em seu território a sub-bacia da Lagoa Rodrigo de Freitas, a sub-bacia de São Conrado, a microbacia de Copacabana e a microbacia do Vidigal. A principal sub-bacia é a da Lagoa Rodrigo de Freitas.

A região é abastecida pelo macrossistema Guandu/Lajes/Acari e outros sistemas de captação menores e isolados. O sistema integrado Guandu, através da transposição da bacia do Rio Paraíba do Sul, é o principal sistema abastecedor do Rio de Janeiro e a região metropolitana é totalmente dependente desse sistema. A Estação de Tratamento de Águas (ETA) Guandu abastece cerca de 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio de Janeiro e está presente no Guinnes Book – o Livro dos Recordes – como a maior estação de tratamento de água do mundo em produção contínua.

Hidrografia da região de abrangência do Subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas



Monitoramento quali-quantitativo - Qualidade das águas - Principais potencialidades e fragilidades

● Valorização da Lagoa Rodrigo de Freitas em relação ao turismo e beleza cênica, o que pode alavancar interesses por parcerias em projetos que visem à melhoria da qualidade e quantidade de água na lagoa e região.
● Monitoramento de parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos dos rios afluentes ao sistema lagunar.
● Biodiversidade de fauna e flora no entorno da Lagoa, que se beneficiam da melhoria na qualidade da água.
● Conter a carga de esgoto clandestino lançado é um grande desafio na região, já que dificulta a implementação de metas relacionadas à qualidade da água.
● Gestores públicos tendem a não valorizar o monitoramento por conta da propaganda negativa que os dados ruins geram e, em razão disso, muitas campanhas de monitoramento são descontinuadas.

A intensa ocupação urbana da bacia hidrográfica, associada à evolução das ações humanas sem o cumprimento das normas de urbanismo e saneamento ambiental, ainda que não sejam os únicos fatores explicativos da degradação da Lagoa, são agentes causadores de impacto negativo à qualidade das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas e dos demais rios da região.

A construção de aterros e as dragagens mal executadas provocaram o assoreamento das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, afetando os processos geológicos e sedimentares e influenciando diretamente na qualidade da água que desemboca no manancial, comprometendo, assim, a fauna e a flora do ambiente.

Pontos do monitoramento quali-quantitativo estabelecidos pelo CBH-BG na área de abrangência do subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas:



Infográfico 5: Infraestrutura Verde

Assim como todo o estado do Rio de Janeiro, a Região Hidrográfica do Subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas está totalmente inserida dentro dos limites do bioma Mata Atlântica. A Lagoa Rodrigo de Freitas é regulamentada como Área de Proteção Permanente (APP) pela Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro. Originalmente, a vegetação em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas correspondia a vegetação de manguezal, porém, a área foi tomada por espécies gramíneas.

Uso e cobertura do solo na área de abrangência do subcomitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas




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