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Rocinha: uma favela com muita história para contar

A Rocinha é uma favela localizada na Zona Sul do município do Rio de Janeiro. Destaca-se por ser a maior favela do país, contando com cerca de 70 mil habitantes, segundo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Mas há estudos que apontam que o número de habitantes já pode ter ultrapassado os 100 mil.

A Rocinha é uma comunidade com muitos pontos positivos como um comércio fervilhante que gera muitos empregos, projetos sociais importantes, um bom posto de saúde, creches, escolas e centros comunitários.

A região passou a ser considerada um bairro e foi delimitada pela Lei nº 1 995, de 18 de junho de 1993, com alterações nos limites dos bairros da Gávea, Vidigal e São Conrado. O nome tem origem de uma fazenda, uma "roça" que na década de 1920 foi tomada pela expansão da mancha urbana. Em 1927, foi loteada por Castro Guidas & Cia e, paralisada pela prefeitura, a Rocinha foi crescendo sem nenhuma regularização dos terrenos. A Rocinha localiza-se entre os bairros da Gávea, São Conrado (dois dos bairros com o IPTU mais alto da cidade) e Vidigal. A proximidade entre as residências de classe alta dos dois primeiros bairros e as de classe baixa da Rocinha marca um profundo contraste urbano na paisagem da região, o que é, frequentemente, citado como um símbolo da desigualdade social do Brasil. Seu índice de desenvolvimento humano (IDH) no ano 2000 era de 0,732, o 120º colocado entre 126 regiões analisadas no município do Rio de Janeiro. Sua população é estimada em 120 mil moradores pelos registros da Light e em mais de 150 mil segundo os próprios moradores.

Origem histórica

A Rocinha teve sua origem no final da década de 1920, quando era uma enorme fazenda de café. No princípio, suas terras foram divididas em grandes glebas para consumo agrícola, a maior parte delas pertencendo a companhia portuguesa Cássio Guidon. Os locais, hoje conhecidos como bairro Barcelos e Laboriaux, pertenciam respectivamente a Companhia Cristo Redentor e a outra companhia francesa. A ação do poder público na Rocinha com maior repercussão nessa época foi a atuação de guardas sanitários para controlar uma infestação de mosquitos que estava causando febre amarela em toda a Barra da Tijuca.

A via de acesso à Estrada da Gávea foi asfaltada na década de 20, o que acelerou o processo de ocupação do morro. A partir dos anos 1950, aumentou a migração de nordestinos ao Rio de Janeiro, principalmente direcionados para a Rocinha. Entre 1960 e 1970, houve o segundo período de expansão, motivado pela oferta de emprego a partir da construção dos túneis Rebouças e Dois Irmãos, com o objetivo de melhorar a integração da cidade. A população da Rocinha, a partir de então, foi caracterizada como de procedência predominantemente nordestina, apesar de haver uma migração significativa também vinda do estado de Minas Gerais e do interior do estado do Rio.

A força de mobilização comunitária organizada em mutirões e manifestações conquistou resultados como a implantação de creches, escolas, de um jornal local, uma passarela, centros comunitários, o Núcleo da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), a Região Administrativa, uma agência de correios, dentre outros equipamentos sociais, e algumas melhorias urbanas como a canalização de valas de esgoto. Em 1982, foi criado o Posto de Saúde Albert Sabin, graças a canalização de um valão realizada acionada pela iniciativa dos próprios moradores.

O que fazer na Rocinha

É possível conhecer diversos projetos sociais incríveis e maravilhosos mirantes onde é possível ter lindas vistas de São Conrado, Pedra da Gávea, Pedra Bonita e outros pontos da cidade.

Curiosidades sobre a comunidade

Com uma população tão grande na comunidade, é surpreendente falar que só em 1982 foi inaugurado o primeiro posto de saúde na comunidade.

A passarela que liga a favela ao complexo esportivo do outro lado da estrada Lagoa-Barra, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Como o acesso à comunidade é difícil, os moradores contam com apoio de moto-táxis e kombis para circular pela mesma. São jovens que buscam uma fonte de renda extra. A comunidade é um dos principais focos de tuberculoses na cidade do Rio de Janeiro. Com uma taxa de incidência de 372 casos para cada 100 mil habitantes, ela é 11 vezes maior do que a média do país.

Como a coleta de lixo não chega a todos os locais da favela, os moradores são obrigados a pagar uma taxa mensal a catadores informais, que recolhem o lixo em caçambas.

Fontes: Ciespi.org.br; Portal Favela da Rocinha; sabedoriaecia.com.br




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