Rio Iconha, em Guapimirim. Foto: Luiza Bragança/Prefácio Comunicação
Integração

Nova etapa do projeto de Saneamento Rural da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara

Projeto prevê a implantação de sistemas alternativos em dez municípios da região hidrográfica

Mais uma etapa do projeto de Saneamento Rural da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara foi realizada. Em 15 de julho, foi promovida a licitação de empresa de engenharia responsável pela execução de serviços de saneamento rural e periurbano nas microbacias da Região Hidrográfica V (RH-V). A previsão é que o contrato seja assinado em agosto e que as obras comecem em setembro.

Serão implantados sistemas alternativos para o saneamento ambiental em áreas não atendidas pelos serviços de coleta e tratamento de esgoto na região hidrográfica. Cerca de R$ 13 milhões serão investidos e dez municípios da RH-V serão contemplados. Eles foram divididos em dois blocos para execução das obras, que objetivam retirar dos rios a carga orgânica proveniente de efluentes sanitários domésticos nas zonas rurais:

• Lote 1 – bloco 1 composto pelos municípios de Rio Bonito, Itaboraí, Cachoeiras de Macacu, São Gonçalo, Tanguá, Magé e Guapimirim – R$ 5.995.513,42.
• Lote 2 – bloco 2 composto pelos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro – R$ 7.119.662,99.

Definição das áreas contempladas

Um relatório sobre a cobertura da concessão do serviço de saneamento básico na RH-V guiou a definição das áreas contempladas. A abrangência da prestação do serviço em toda a região foi mapeada com a contribuição das concessionárias, das prefeituras e do IBGE.

Os projetos de saneamento alternativo vão utilizar dois tipos de sistemas. O primeiro compreende um biodigestor seguido de círculo de bananeiras; o outro, um biodigestor seguido de sumidouro. A estimativa é que nos municípios do bloco 1 sejam instalados 98 módulos em cada um dos sete municípios. No bloco 2, os municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu devem receber 344 módulos cada. O município do Rio de Janeiro deve receber 136. Os locais exatos para a instalação seguem polígonos do Google Earth compartilhados pelas prefeituras.

De acordo com o especialista em recursos hídricos da AGEVAP, Gabriel Macedo, o projeto visa complementar o trabalho realizado pelas concessionárias responsáveis pelo serviço. “Como as concessionárias estão restritas às áreas urbanas e periurbanas dos municípios, as obras de saneamento possuem caráter análogo e complementar ao trabalho realizado por elas.”

Alguns benefícios do projeto já podem ser listados. De forma direta, ele contribuirá para o tratamento do efluente doméstico, prevenindo riscos de doenças associadas ao contato com esgoto, e evitará a poluição do lençol freático. Indiretamente, o projeto de esgotamento sanitário pode tornar menos complexa a tarefa realizada pelas Estações de Tratamento de Água das regiões contempladas e valorizar os imóveis que passarão a ter o esgoto tratado.

O relatório pode ser visto neste link.




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