Foto: Praia de Camboinhas. Luiza Bragança/Prefácio Comunicação
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Niterói: cidade verde

Conheça uma das cidades que compõem o SC Leste

Niterói, localizada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, se destaca por seu compromisso com a preservação ambiental. Com mais de 50% de seu território composto por áreas protegidas, o município abriga 13 unidades de conservação, sendo seis de proteção integral e sete de uso sustentável, que protegem as nascentes de importantes rios da região. Algumas dessas unidades são o Parque Estadual da Serra da Tiririca, a RESEX Itaipu, APA da Água Escondida, o Parque Natural Municipal de Niterói – Parnit e a Reserva Ecológica Darcy Ribeiro.

Área de proteção integral é mais restrita, voltada para pesquisa ou, no máximo, aberta para visitação controlada. Área de uso sustentável, como as Áreas de Proteção Ambiental (APA), permite habitação e urbanismo, desde que não prejudique a preservação do meio ambiente


Parte da orla oriental da Baía de Guanabara, Niterói faz divisa com os municípios de São Gonçalo e Maricá. A cidade ocupa uma posição estratégica entre o Rio de Janeiro e São Gonçalo, destacando-se como um centro regional do leste metropolitano. De acordo com o censo demográfico do IBGE de 2022, Niterói é o sétimo município mais populoso do estado, com 481.749 habitantes e uma densidade demográfica de 3.601,67 habitantes por quilômetro quadrado.

O município possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) - 0,837 - entre os 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, que ilustra dimensões de longevidade, educação e renda. Economicamente, Niterói ainda se destaca nos setores de comércio, serviços e indústria naval, sendo um dos municípios brasileiros com maior concentração de estaleiros.

A cidade banhada pelo oceano e pela Baía de Guanabara é um dos municípios mais antigos do Brasil, fundado como uma sesmaria indígena. Antes da chegada dos europeus, a região foi habitada pelos povos Sambaiqueiros e, posteriormente, pelo povo Tupinambá.

Havia registro de pelo menos quatro aldeias entre o Rio Bomba e a ponta de Santa Cruz: Kurmeré, às margens do Rio Maruí; Morjugá-uasú, às margens do Rio Vicência (atual canal do Fonseca); Akaray, à beira do Rio Icaraí; e Keryi, em São Francisco, nas proximidades do Rio da Cachoeira. Outros povoados indígenas existiam nas áreas mais interiores e na Região Oceânica, mas os registros se perderam no tempo.

A etimologia mais aceita da palavra Niterói é "água escondida", derivada de 'i' (água) e 'niterõ' (oculta), segundo o sacerdote, geógrafo e historiador português Ayres do Casal. Os primeiros passos para a solução do abastecimento público de água na cidade surgiram em 1835, por iniciativa do presidente da Província do Rio de Janeiro, Joaquim José Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí. Ele investiu na prospecção e canalização de águas, com os mananciais mais promissores localizados nas serranias dos morros atualmente denominados São Lourenço, Boa Vista, Juca Branco e Serrão, que ainda apresentam nascentes ativas. O governo provincial construiu um aqueduto a partir do Morro de São Lourenço para a adução de águas, abastecendo um chafariz no Largo Municipal, atual Praça D. Pedro II ou Jardim de São João, no Centro de Niterói.

Niterói está parcialmente inserida no Sítio do Patrimônio Mundial “Paisagem Carioca entre a Montanha e o Mar” - em julho de 2012, a cidade do Rio de Janeiro recebeu o título de Patrimônio Mundial pela UNESCO, na categoria de Paisagem Cultural, e os sítios que formam essa paisagem cultural incluem a entrada da Baía da Guanabara, abrangendo o município de Niterói. Entre os locais contemplados estão as Fortalezas de Santa Cruz, Pico e São Luiz; as Praias de Adão, Eva, Forte e Imbuí; os Morros do Pico e Morcego; as Pontas Tabaíba e de Fora; e a extremidade oeste dos Morros da Viração e do Imbuí.

A cidade encanta por sua diversidade de vegetação da Mata Atlântica, com ecossistemas como Florestas Ombrófilas Densas, Restingas, Manguezais e Brejos. Esses ecossistemas abrigam inúmeras espécies de fauna silvestre. Niterói possui, conforme o plano diretor municipal, 29 bacias hidrográficas, com dezenas de rios, córregos e nascentes, além de duas lagunas: Itaipu e Piratininga.

O município é um exemplo de preservação e gestão ambiental, com investimentos em políticas públicas ambientais e sustentabilidade que impactam positivamente indicadores como o Índice Final de Conservação Ambiental, o Índice Relativo de Áreas Protegidas Municipais, o Índice Relativo de Áreas Protegidas, o Índice Relativo de Tratamento de Esgoto e o Índice de Qualidade do Sistema Municipal de Meio Ambiente.

FONTES:

BLOG. Grael, A. História de Niterói e o suprimento de água para população. Blog do Axel. Niterói, 02 de fev. 2020. Disponível em: < http://axelgrael.blogspot.com/2020/02/aguas-escondidas-area-que-deu-origem.html> Acesso em 20 de jul. de 2024.

FUNDAÇÃO DE ARTE DE NITERÓI. Nitherôhi, Nictheroy, Niterói: Um debate sobre a grafia adequada. 2023. Disponível em: < https://www.culturaniteroi.com.br/blog/nictheroy/2651> Acesso em: 20 jul./ 2024.

IBGE. Cidades. 2024. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/niteroi/panorama > Acesso em: 28 de jul. 2024. PMN/FVG - PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI & FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Diagnóstico Técnico Volume 1. 2015. Disponível em: < https://urbanismo.niteroi.rj.gov.br/anexos/Plano%20Diretor/Revis%C3%A3o%20PD/diagnostico-tecnico-volume-1-3.pdf> Acesso em 20 de jul. 2024.

PMN/SMARHS - PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI/ SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, RECURSOS HÍDRICOS E SUSTENTABILIDADE. Plano de Manejo do Parque Natural Municipal de Niterói. 2021.




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