Rio Alcântara. Foto: Luiza Bragança/Prefácio Comunicação
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Rio Alcântara banha 53 bairros de São Gonçalo

Com 25 km de extensão, manancial é um dos mais importantes da região leste da Baía de Guanabara.

O Rio Alcântara é um importante curso d’água que corta o município de São Gonçalo, na porção leste da Região Hidrográfica V (RH-V). Com 25 km de extensão, ele passa por 53 bairros e é um dos principais afluentes do Rio Guaxindiba.

Inserido na sub-bacia Guaxindiba/Alcântara, o rio nasce na Serra Grande, em Niterói, a 150 metros de altitude, tange uma pequena porção do município de Itaboraí e segue pelo território de São Gonçalo em direção à área de mangues da Baía de Guanabara, onde se encontra com o rio Guaxindiba. Seus principais afluentes são os rios Colubandê, Areal e Mutondo.

Já o rio Guaxindiba se origina no bairro de Anaia, em São Gonçalo, em uma elevação de 80 metros, e percorre os bairros de Sacramento, Barracão e Marambaia, em uma rota de 29 km. Por sua vez, a sub-bacia Guaxindiba/Alcântara tem uma área aproximada de 173,07 km² e, antes de atingir as águas da Baía de Guanabara, passa por uma das mais preservadas áreas de manguezais do Estado do Rio de Janeiro, a Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim.

De acordo com estudo realizado por alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ao longo do século XX, o ambiente biofísico da bacia dos rios Guaxindiba/Alcântara foi bruscamente impactado pelo avanço dos loteamentos na cidade de São Gonçalo e a consequente transformação do solo agrícola em solo urbano. Nesse movimento de urbanização, muitas obras fluviais foram empreendidas no intuito de suportar a atividade industrial aquecida dos anos 1940-50.

Atualmente, parte da bacia localizada em Niterói, próxima à nascente do Alcântara, ainda possui uma área preservada, caracterizada por trechos remanescentes de Mata Atlântica. Já no município de São Gonçalo a ocupação populacional é bastante densa, o que provoca problemas sociais e ambientais.

Ainda de acordo com o estudo, grande parte dos rios Guaxindiba/Alcântara eram navegáveis e possuíam uma rica biodiversidade, entretanto, com a urbanização, estes foram modificados.

Para garantir a fluidez do Rio Alcântara e evitar enchentes na região, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) começou, em 2016, obras de dragagem no curso d’água. Em novembro de 2023, uma parceria entre a Prefeitura de São Gonçalo e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Inea, incluiu o manancial no Programa Limpa Rio, que prevê a limpeza e o desassoreamento de um trecho de 4,8 km do Rio Alcântara. Estão sendo retirados 105 metros cúbicos de resíduos ao longo do percurso que vai do bairro de Alcântara até o seu deságue no Rio Guaxindiba, no bairro Jardim Catarina.




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