Foto: Diego Carvalho
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São Gonçalo, a segunda cidade mais populosa do Rio de Janeiro

Com cerca de 896 mil habitantes, município abriga parte da APA Guapimirim e tem uma economia diversificada.

Segundo município mais populoso do estado do Rio de Janeiro, com mais de 896 mil habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE de 2022, São Gonçalo é uma das sete cidades banhadas pela Baía de Guanabara, na região metropolitana do Rio. Com uma economia diversificada, com destaque para os setores de comércio, indústria e serviços, a cidade conta com boas escolas e universidades renomadas, e apresenta um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,739, considerado alto.

Situado a 25 km da capital fluminense, São Gonçalo faz divisa com os municípios de Niterói, Maricá e Itaboraí. Além disso, o município abriga parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim, a maior área de manguezal preservada do Estado, e integra o subcomitê Leste do CBH Baía de Guanabara.

A região, antes habitada pelo povo originário dos Tamoios, recebeu, a partir da primeira metade do século XVI, os primeiros europeus, entre portugueses e franceses. Oficialmente, São Gonçalo foi fundado em 6 de abril de 1579 pelo colonizador Gonçalo Gonçalves, que recebeu a sesmaria que ficava às margens do rio Imboaçu. O povoado se deu onde hoje está a Igreja Matriz e a Praça Professora Estephanea de Carvalho.

Seu desmembramento, iniciado no final do século XVI, foi efetuado pelos jesuítas, que instalaram uma fazenda na zona conhecida como Colubandê no começo do século XVII, às margens da atual rodovia RJ-104. Em 1646, foi alçada à categoria de paróquia, já que, segundo registros da época, a localidade-sede ocupava uma área de 52 km², com cerca de seis mil habitantes, sendo transformada em freguesia, em 1647. No entanto, foi apenas em 1819 que São Gonçalo se tornou um distrito de Niterói. Já no final do século XIX, com o grande número de fazendas de engenhos de cana-de-açúcar e a expansão cafeeira na região, houve ampla construção de ferrovias. O trecho da ferrovia Porto das Caixas (em Itaboraí – cidade vizinha) até o Distrito de Neves, em São Gonçalo, foi o responsável pela formação de aglomerações e vilas que utilizavam as estações de Guaxindiba, São Gonçalo e Porto da Madama. A localidade chegou a possuir importante malha ferroviária que a integrava ao porto de Niterói e ao interior do estado. Ainda no início do século XX, a região contava com cerca de 12 portos que exportavam produtos do estado do Rio de Janeiro para a corte.

Já em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo é emancipado politicamente e desmembrado de Niterói, sendo reincorporado dois anos depois. Esse período de reincorporação durou sete meses, sendo revogado no mesmo ano. Já em 1922, um decreto concede-lhe novamente foro de cidade, revogada no ano de 1923, fazendo a cidade baixar à categoria de vila. Finalmente, em 1929, a Lei nº 2335, de 27 de dezembro, concede a categoria de cidade.

Ainda assim, em 1943, uma nova divisão territorial do estado do Rio de Janeiro fez com que o distrito de Itaipu passasse para Niterói. Então, criou-se a configuração atual, com os cinco distritos: São Gonçalo, Monjolos, Ipiíba, Sete Pontes e Neves. De acordo com a prefeitura municipal, São Gonçalo possui atualmente 92 bairros e outros tantos sub-bairros, originados, em sua maioria, a partir do loteamento de terras que outrora foram fazendas, sítios ou chácaras.

Foi a partir da década de 1930 que se deu a construção de seu robusto parque industrial. Dados estatísticos de 1954 revelam que a cidade possuía 70 fábricas dedicadas a diversas atividades, como metalurgia, transformação de materiais não-metálicos (cimento, cerâmica e outros), farmacêutica, além da produção de papel e produtos alimentícios. Tamanha pujança conferiu a São Gonçalo o imponente apelido de “Manchester Fluminense”.

Nesse período, o local chegou a ser considerado o mais importante município do estado e um dos mais bem conceituados do país, uma vez que era responsável por mais da metade da arrecadação total dos impostos do Rio de Janeiro.

Atualmente, São Gonçalo conta com o funcionamento de importantes fábricas, produção agrícola variada e a presença de diversas empresas de comércio e prestação de serviços. Além disso, São Gonçalo preserva alguns monumentos históricos como a Igreja Matriz, construída em 1675, a capela de São João, em Itaóca, e as fazendas Colubandê, Nossa Senhora da Boa Esperança e da Luz. Outras atrações são a Ilha das Flores, um dos principais marcos históricos da imigração no Brasil, e a Praia das Pedrinhas, onde é possível ver o pôr-do-sol mais bonito de São Gonçalo.

Fontes:
https://www.saogoncalo.rj.gov.br/sao-goncalo/historia-de-sao-goncalo/
https://meulugar.quintoandar.com.br/o-que-fazer-em-sao-goncalo/




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