Vista da cidade. Foto: Diego Carvalho
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Uma cidade entre planícies e serras

Situada na região metropolitana do Rio de Janeiro, Itaboraí conta com diversas belezas naturais, sítio paleontológico e um rico patrimônio histórico

Localizada na região metropolitana do Rio de Janeiro, a 45 km de distância da capital, Itaboraí pertence à Região Hidrográfica V (RH-V), sendo contemplada pelo Subcomitê Leste. Município com 224.267 habitantes, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, ele faz divisa com as cidades de Guapimirim, São Gonçalo, Cachoeiras de Macacu, Tanguá e Maricá.

Em meio a planícies e serras, a cidade se destaca pela variedade de suas belezas naturais, pela presença de uma parte da APA Guapimirim e pelo Parque Paleontológico de São José de Itaboraí, um dos sítios paleontológicos mais antigos do Brasil, onde foram encontrados, em 1936, os fósseis que registram a presença dos primeiros mamíferos da América do Sul após a extinção dos dinossauros.

Região do Parque Paleontológico. Foto: Rodrigo Valente

Outros destaques são seu rico patrimônio histórico e seu acervo arquitetônico, como o conjunto das ruínas do Convento de São Boa Ventura – tombado pelo Iphan –, que começou a ser construído em 1660. Quinta construção da Ordem Franciscana no Brasil, suas ruínas são consideradas um dos mais belos conjuntos arquitetônicos religiosos do período colonial. Sua economia se destaca pela produção de cerâmica, fruticultura, apicultura, pecuária extensiva, além do setor de comércio e serviços.

História e etimologia

A palavra “Itaborahy” significa “Pedra Bonita escondida na água” em tupi guarani. Sua história é marcada por forte herança indígena, principalmente vinda dos Tamoios, que data de antes do período da colonização.

A formação de Itaboraí resultou da união de três importantes vilas do passado colonial: a Vila de Santo Antônio de Sá, segunda formação do Rio de Janeiro no recôncavo da Guanabara; Vila de São João de Itaboraí, inicialmente uma parada de tropeiros, que mais tarde se tornaria o maior produtor açucareiro da região e principal entreposto comercial ligando o norte fluminense à capital da província; e a Vila de São José Del Rey (conhecida como São Barnabé ou Itambi), cuja região abrigou uma Missão Jesuítica.

A predefinição territorial de Itaboraí (RJ) ocorreu em 1567, após a doação de sesmarias nas circunvizinhanças da Baía de Guanabara, dois anos depois da fundação de São Sebastião do Rio de Janeiro. De acordo com o historiador José Matoso Maia Forte, em sua publicação “Vilas Fluminenses Desaparecidas”, a distribuição de terras nesta região banhada pelo Rio Macacu e seus afluentes ocorreu a partir da vitória das armas portuguesas em combate contra os franceses e Tamoios.

Já no século XX, a chegada da estrada de ferro na região aqueceu o comércio e a indústria de cerâmicas. No mesmo período, o cultivo da laranja também foi destaque, sobretudo entre as décadas de 1920 e 1980, em que a cidade se tornou o maior produtor do fruto no Rio de Janeiro e o segundo maior no Brasil. Porém, a falta de aprimoramento no cultivo e a especulação imobiliária causaram o declínio da produção.

Riquezas naturais

Itaboraí apresenta um relevo variado, com a presença de serras e planícies. Suas maiores altitudes são encontradas nas serras do Barbosão, à leste, localizada na divisa com Tanguá, e do Lagarto e de Cassorotiba do Sul, no limite com a cidade de Maricá. Nas demais localidades predominam as planícies, onde se concentram os rios que convergem para a Baía de Guanabara. Entre as planícies e as serras, observa-se um relevo suavemente ondulado, com morros que raramente ultrapassam 50 metros de altitude.

Parte de seu território é voltada para a Baía de Guanabara, compondo, com os municípios de Magé e Guapimirim, a APA de Guapimirim, Unidade de Conservação de uso sustentável voltada para a preservação e conservação de remanescentes dos manguezais.

A vegetação do município é composta principalmente por pastagens, mata de encosta, mangues e brejos. Os remanescentes de matas são observados nos setores mais íngremes e elevados nas serras do Barbosão e do Lagarto. São matas tipicamente secundárias, resultantes da regeneração natural, após muita exploração de madeira para a obtenção de carvão e lenha no passado. No restante do município, as matas se encontram muito fragmentadas e aparecem em locais isolados.

Fontes:
https://site.ib.itaborai.rj.gov.br/conheca-nossa-cidade/
Artigo: Noções de Urbano: uma construção da memória (e da cidade) de Itaboraí – RJ. Autoras: Pâmella Victória Oliveira Souza e Jéssica de Almeida Polito.




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