Rio Caceribu em Tanguá. Créditos: Diego Miranda
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Caceribu: um rio de diversos usos no leste da Baía de Guanabara

A bacia do Rio Caceribu é uma das mais extensas da região leste, com 60 km de extensão, que banha cinco cidades

Importante contribuinte para a formação do espelho d’água da Baía de Guanabara, o Rio Caceribu é conhecido pela sua amplitude e pelos diversos usos registrados ao longo do seu curso. O manancial tem cerca de 60 km de extensão e responde por, aproximadamente, 20% de toda a drenagem da Baía de Guanabara.

O Caceribu é responsável pelo abastecimento das populações dos municípios de Tanguá e Rio Bonito, e de núcleos urbanos do município de Itaboraí, como as localidades de Ampliação, Itambi, Porto das Caixas e Manilha.

Além disso, tem diversos usos econômicos, como irrigação de fruticultura e horticultura, e contribui para o processo de produção das indústrias instaladas ao longo da bacia – a região conta com uma expressiva quantidade de fabricantes de cerâmica, que produzem tijolos para a região metropolitana do Rio de Janeiro.

Características

A bacia hidrográfica do Rio Caceribu está localizada entre os municípios de Rio Bonito, Tanguá, Guapimirim, São Gonçalo e Itaboraí. O rio nasce nas serras localizadas em Rio Bonito e Tanguá, em áreas de vegetação ainda conservadas, enquanto sua foz está localizada dentro da APA de Guapimirim, na região noroeste da Baía de Guanabara.

O relevo da bacia é caracterizado pela presença de colinas; planícies aluviais, que são planas ou pouco inclinadas; e flúvio-marinhas, caracterizadas pelo contato entre os sistemas continentais e marinhos. A bacia é limitada, ao norte, pela bacia do rio Guapi-Macacu e a Serra dos Garcias; ao sul, pela Serra do Espraiado e a Serra da Cassoribita; à leste, pela Serra do Catimbau Grande e Tingui e, à oeste, pela bacia do rio Guaxindiba.

Os principais contribuintes do Rio Caceribu se encontram na margem esquerda. São eles os rios Tanguá, Bonito, dos Duques, Iguá, Porto das Caixas e Aldeias.

Processo de degradação

Originalmente, o Rio Caceribu era um afluente do Rio Macacu, que corta as cidades de Itaboraí e Cachoeiras de Macacu. Ambos tiveram uma grande importância para o desenvolvimento dos municípios contemplados, mas, devido às obras realizadas na região entre as décadas de 1940 e 1960, foram separados e a bacia do Caceribu foi isolada.

As atividades econômicas, juntamente com o crescimento urbano registrado nas últimas décadas, vêm contribuindo para o processo de degradação do meio ambiente no entorno da bacia do Caceribu.

Fatores como o desflorestamento pelo uso inadequado dos solos, contaminação do lençol freático por agrotóxicos, despejo de resíduos industriais e residenciais nos rios afluentes, além das constantes enchentes nas cidades da bacia, contribuem para a piora da qualidade ambiental no seu entorno.

Fontes:

Rodrigues, J. L. M.; Afonso, A. E. 2011. Relações entre padrões de uso do solo e enchentes ao longo dos canais fluviais da bacia hidrográfica do rio Caceribu, Tanguá (RJ). In: XIV Simpósio brasileiro de geografia física aplicada, Dourados – MS.

Benavidez, Z. C.; Cintrão, R. P.; Fidalgo, E. C. C.; Pedreira, B. C. C. G.; Prado, R. B. 2009. Consumo e abastecimento de água nas bacias hidrográficas dos Rios Guapi-Macacu E Caceribu, Rj. Rio De Janeiro: Embrapa Solos

AMADOR, E. Bacia da Baía de Guanabara: características geoambientais, formação e ecossistemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2012. 405 p.

IBG - INSTITUTO BAÍA DE GUANABARA. Nossos Rios. Niterói, 2002. 31p

https://www.sinageo.org.br/2018/trabalhos/8/8-501-2196.html

Roberto, D. M. 2009. DIAGNÓSTICO DA HIDROGRAFIA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DA GUANABARA E REGIÃO. DIAGNÓSTICO DA HIDROGRAFIA. Plano de Manejo da Estação Ecológica da Guanabara




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