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História e curiosidades de Magé

O município é um dos mais antigos do Brasil e conta com um rico patrimônio histórico e natural

O município de Magé, inserido na região leste metropolitana, junto com os demais municípios que margeiam a Baía de Guanabara, compõem a Região Hidrográfica V da Baía de Guanabara.

O município de Magé tem uma área total de 386,8 km², correspondentes a 8,3% da área da Região Metropolitana. Compõe-se na atualidade dos distritos de Magé (1º distrito - sede) Santo Aleixo, Suruí, Rio do Ouro, Guia de Pacobaíba e Vila Inhomirim. A sede municipal está situada a uma distância de 57 km da capital do Estado (PMSB, 2013). Ainda de acordo com o Plano Municipal de Saneamento Básico de 2013 a população de Magé com 227.322 habitantes (IBGE, 2010) distribui-se de forma concentrada com 94% residindo em áreas urbanas que correspondem a apenas 7% da área total do município.

Origem histórica
Originária do povoado de Majepemirim, Magé possuía um dos principais portos da região, onde desembarcavam pessoas escravizadas vindas da África. Em 1696, o local se transformou em freguesia e, em 1789, foi elevado à categoria de vila, quando recebeu a designação atual. Durante a monarquia, em 1810, foi criado o baronato de Magé, posteriormente elevado a viscondado, em 1811.

Foi elevado à condição de cidade com a denominação de Magé, por efeito da Lei ou Decreto Provincial 965, de 2 de outubro de 1857. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de seis distritos: Magé, Guapimirim, Guia de Pacobaíba, Inhomirim, Santo Aleixo e Suruí. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1 de julho de 1960.

A Lei Estadual 1 772, de 21 de dezembro de 1990, desmembrou, do município de Magé, o distrito de Guapimirim, o qual foi elevado à categoria de município.

Durante o Segundo Império foi construída em seu território a primeira estrada de ferro da América do Sul. Inaugurada em 1854, a estrada de ferro de Mauá, depois E.F. Príncipe Grão-Pará, ligava as localidades Guia de Copaíba e Fragosa, numa extensão de 14,5 km. A primeira máquina empregada na ferrovia, hoje relíquia histórica, foi chamada de “A Baronesa”.

No final do século 19, com a abolição da escravatura, Magé presenciou um êxodo considerável de ex-escravos. Outro fato marcante do período foi a extinção das grandes plantações, que causou a obstrução dos rios que cortam quase toda a baixada do território municipal, provocando o alagamento dessas áreas e, consequentemente, o surgimento da malária. A doença foi responsável pela redução da população local e paralisou por várias décadas o desenvolvimento econômico da região.

Já no século 20, devido a sua localização privilegiada na Baía de Guanabara, e a distância de apenas 50 km da capital fluminense, foram inauguradas várias indústrias, especialmente têxteis, proporcionando considerável crescimento econômico ao município. A partir de 2006, foi instalado na região o gasoduto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), o que acarretou rápido processo de urbanização do município.

Recursos naturais
A natureza foi generosa com Magé. O município possui inúmeros atrativos naturais e diversos pontos turísticos. A região mescla cachoeiras, montanhas, vales, rios, manguezais, Unidades de Conservação (UCs) e extensas áreas de Mata Atlântica.

Ela é composta por seis bacias hidrográficas da Baía que são a Bacia do Estrela, Inhomirim e Saracuruna; Bacia do Roncador - Santo Aleixo; Bacia do Suruí; Bacia do Iriri; Bacia do Guapimirim-Macacu e Bacia contribuinte à Praia de Mauá em que 89,8% do território se encontra nas três primeiras bacias.

As bacias de Magé dispõem ainda de boa cobertura do solo, por meio de florestas e outras formações do ecossistema Mata Atlântica ainda preservadas. Tal fato se deve principalmente à presença de áreas protegidas por Unidades de Conservação, em parte ou totalmente localizadas no território de Magé. Das UCs, Magé conta com as de âmbito federal, que são o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, APA Petrópolis, APA Guapi-mirim ; a de âmbito estadual que é o Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela; e as municipais que são APA Suruí, APA Estrela, Parque Natural Municipal Barão de Mauá, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Véu da Noiva. Além disso, conta com unidades particulares que são a RPPN El Nagual, RPPN Campos Escoteiro Geraldo Hugo Nunes e RPPN Querência.

Em Magé, tais áreas se encontram principalmente nas serras, onde nasce a maioria dos rios que compõem as bacias da região. Densa malha de cursos d’água brota nas serras dos Órgãos e Estrela, atravessa o território municipal no sentido norte-sul e desemboca na Baía de Guanabara.

Turismo
Entre os pontos turísticos visitados no município de Magé estão a Cachoeira de Pau Grande e os três açudes, a casa onde nasceu e o túmulo onde foi sepultado Mané Garrincha, o Caminho do Ouro e o Véu das Noivas (Cachoeira Grande), além das cachoeiras de Monjolos e Andorinhas.

Inúmeras igrejas centenárias que testemunharam a influência de Magé na história do Brasil também se destacam, entre as quais a Igreja Nossa Senhora da Piedade, fundada em 1750, e a Capela do Nosso Senhor do Bonfim. Outras atrações são a Praia da Piedade e o Poço Bento.

Fontes: Plano Municipal da Mata Atlântica de Magé, TCC Regilaine da Silva Freitas Rosa e Informações da Prefeitura de Magé: Maria Aparecida de Sousa Resende - Diretora de Meio Ambiente e Aline Ferreira da Silva - Geógrafa da Defesa Civil




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