Lagoa de Camorim. Foto: Dante Bragança/Prefácio Comunicação
Integração

Diagnóstico revela desafios ambientais no Sistema Lagunar de Jacarepaguá

O resultado, apresentado no Plano de Bacia da RH-V, demonstra a necessidade de preservação ambiental da região para a manutenção dos ecossistemas

A região do Sistema Lagunar de Jacarepaguá apresenta diversos dilemas ambientais causados pela expansão urbana. De acordo com a atualização do Plano de Bacia da RH-V, mais especificamente no Caderno de Ações sobre o sistema lagunar, a região aponta sérios desafios ambientais em meio à expansão urbana e industrial. A área sofre com a crescente pressão populacional, agravada pela falta de infraestrutura adequada e pela degradação ambiental.

O diagnóstico do Plano destaca a complexidade do ecossistema local. A região é um importante corredor ecológico que abriga uma biodiversidade significativa, ao mesmo tempo que lida com altas taxas de ocupação urbana. A coexistência de áreas de preservação ambiental e intenso desenvolvimento urbano tem gerado conflitos, resultando na perda de vegetação nativa, contaminação dos corpos hídricos, principalmente das lagoas da região, e comprometimento dos aquíferos.

De acordo com o documento, a qualidade da água superficial tem sido gravemente afetada pelo despejo inadequado de efluentes e resíduos sólidos, especialmente em áreas mais densamente povoadas. Além disso, as zonas de recarga de aquíferos estão sendo progressivamente destruídas pela expansão imobiliária, o que compromete o fornecimento de água potável a longo prazo.

Dados sobre o Sistema Lagunar de Jacarepaguá

De acordo com o Plano de Bacia, o índice de atendimento ao abastecimento de água da cidade do Rio de Janeiro é de 97,41% e o índice de tratamento de esgoto da população total é de 65,08%. Além disso, na região de Jacarepaguá, onde estão presentes Unidades de Conservação federais, estaduais e municipais, 74,20% de suas Áreas de Proteção Permanentes estão protegidas. Grande parte da região é classificada como “Importância Biológica Extremamente Alta”.

Tendo em vista os dados, o Plano alerta que a região apresenta índices aquém da universalização do sistema de esgotamento sanitário e reforça a necessidade urgente de ações de recuperação ambiental e implementação de políticas públicas que conciliem o crescimento econômico com a preservação dos recursos hídricos. A situação demanda uma gestão mais eficaz dos resíduos, além da recuperação das áreas de preservação permanente (APPs) e o controle do uso do solo.




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