Vista Chinesa no Parque Nacional da Tijuca. Foto: Adobestock
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Natureza e lazer: conheça o Parque Nacional da Tijuca

Importante área de preservação, o Parque Nacional da Tijuca é local de contemplação da natureza, lazer e práticas esportivas

Conservação ambiental e turismo. Essas duas funcionalidades se encontram no Parque Nacional da Tijuca, importante espaço ambiental no Rio de Janeiro. Com cerca de 3.953 hectares, o local reúne o grande Maciço da Tijuca e as suas florestas: Floresta das Paineiras, Floresta do Corcovado, Floresta da Tijuca, Floresta da Gávea Pequena, Floresta dos Trapicheiros, Floresta do Andaraí, Floresta dos Três Rios e Floresta da Covanca.

Além de ser um grande espaço verde a céu aberto, o local é utilizado para diversas atividades esportivas e de lazer, como observação de aves, contemplação e banho em cachoeiras. O local foi classificado como parque em 1961, mas a formação da área verde da região data do período colonial. Inclusive, é considerada uma das primeiras áreas protegidas no mundo, mais antiga até do que Yellowstone, o primeiro Parque Nacional, criado em 1872, nos Estados Unidos.

História

Em 1861, as florestas da Tijuca e das Paineiras foram declaradas por D. Pedro II como Florestas Protetoras. A partir de então, iniciou-se um processo de desapropriação de chácaras e fazendas, com o intuito de promover o reflorestamento e permitir a regeneração natural da vegetação. Ainda hoje é possível identificar pés de café, construções e ruínas das antigas fazendas da região.

A missão do reflorestamento foi confiada ao Major Manuel Gomes Archer, que iniciou o trabalho com pessoas escravizadas, feitores e encarregados. Em um período de 13 anos, mais de 100 mil árvores foram plantadas, principalmente espécies da Mata Atlântica. Sob a coordenação do renomado paisagista francês Auguste Glaziou, foi iniciado um trabalho de paisagismo do local, com a construção de recantos, áreas de lazer, fontes e lagos.

Mesmo com o trabalho de reflorestamento e paisagismo, o local sofreu por anos com o abandono. Entretanto, na década de 1940, o milionário e mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya se tornou gestor do local e realizou um trabalho de revitalização, que deu lugar a restaurantes e vias internas e resultou na recomposição do projeto paisagístico.

Em 1961, o complexo foi classificado como Parque Nacional, recebendo o nome de Parque Nacional do Rio de Janeiro, com 33 km². Seis anos depois, seu nome foi alterado para Parque Nacional da Tijuca e, em 4 de julho de 2004, um Decreto Federal ampliou os limites do Parque, incorporando locais como o Parque Lage, Serra dos Pretos Forros e Morro da Covanca.

Hidrografia

O sistema fluvial do Parque é diverso, com a presença de córregos, rios e cachoeiras.

Entre os principais córregos e rios estão: Rio Maracanã, Rio Carioca, Rio Cachoeira, Rio das Almas, Córrego da Pedra Bonita, Rio da Barra, Riacho Pai Ricardo, Rio Cabeça, Riacho da Lagoinha e Rio Silvestre.

Cascatinha Taunay. Foto: Adobestock

A famosa Cascatinha Taunay está entre as diversas quedas d`água do Parque, que também conta com a Cachoeira do Pai Antônio, Cachoeira do Ramalho, Cachoeira do Horto, Cachoeira dos Primatas, Cachoeira das Almas, Cascata Gabriela, Cascata Diamantina, Cascata do Conde, Cascata da Cova da Onça, Cascata das Sete Quedas, entre outras.

No século XIX, as águas do Parque eram essenciais para o abastecimento da cidade. Por isso, o local passou a abrigar uma rede de pequenas represas, para captação de água. E ainda hoje as águas do Parque abastecem diversos bairros vizinhos.

O que fazer no Parque?

Por conta da diversidade da fauna, da flora e de seu sistema fluvial, o Parque atrai visitantes locais e turistas.

Ali estão o Mirante Paineiras, a Vista Chinesa, o Mirante Dona Marta e a Vista do Almirante, ideais para contemplação. Além disso, são realizadas práticas esportivas como trilhas, skate, escalada, voo livre e ciclismo, que, não custa lembrar, requerem os devidos cuidados com a segurança. Após caminhadas e trilhas, é possível acessar alguns pontos turísticos do Parque, como a Pedra Bonita (693 m), o Pico do Papagaio (987 m) e o Pico da Tijuca (1.021 m). E, em uma caminhada um pouco mais árdua, pode ser acessado o panorama espetacular da Pedra da Gávea (844 m).

Como visitar?

O Parque funciona todos os dias, das 8h às 17h, e até às 18h no verão (exceto Corcovado). O local possui várias entradas, que direcionam a setores diferentes.

Interessados em conhecer o Setor Floresta da Tijuca devem utilizar o acesso principal, localizado na Praça Afonso Vizeu, no Alto da Boa Vista. Basta subir a Estrada do Alto, tanto em direção à Barra da Tijuca (Av. Edson Passos) quanto à Tijuca (Estrada das Furnas).

Para visitar o Setor Serra da Carioca, são sugeridos os acessos pelos bairros Cosme Velho (R. Almirante Alexandrino) ou Alto da Boa Vista (R. Amado Nervo), ambos em direção às Paineiras e ao Corcovado. Outra opção é subir pela R. Pacheco Leão em direção à Vista Chinesa e Mesa do Imperador, usando carro particular, táxi ou bicicleta. Para subir caminhando, o visitante deve pegar um ônibus da linha 409 e descer no ponto final, no Horto, seguindo pela estrada até entrar no Parque Nacional da Tijuca.

Já o Setor Pedra Bonita/Pedra da Gávea tem acesso pela Barra da Tijuca (Estrada Sorimã) e por São Conrado (Estrada das Canoas), sendo indicado principalmente aos praticantes de voo livre e montanhismo em geral. É necessário transporte particular para chegar ao início da Trilha da Pedra da Gávea, mas existe a opção de pegar um ônibus em São Conrado (448 – Maracaí), que sobe pela Estrada das Canoas e segue até o Alto da Boa Vista, passando pela Estrada da Pedra Bonita.

Mais detalhes da visita podem ser vistos no link.

Fontes:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-07/parque-nacional-da-tijuca-completa-62-anos
https://parquenacionaldatijuca.rio/
https://www.icmbio.gov.br/parnatijuca/informacoes-gerais.html




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