Fachada do Museu de Arqueologia de Itaipu. Foto: Luciana Macedo/MAI
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Museu de Arqueologia de Itaipu retrata a história dos antepassados da região

O local, que já sediou um abrigo para mulheres, hoje conta com acervo de registros dos povos originários da região

A região oceânica de Niterói ainda mantém a sua história viva, por meio de um rico acervo cultural preservado pelos povos originários que viviam no local. Um exemplo da manutenção desse legado é o Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI), um sítio arqueológico que conta com registros, peças e artefatos datados de 6.000 a.C.

Localizado na Reserva Extrativista Marinha de Itaipu (Resex Itaipu), sua estrutura foi feita com alvenaria de pedra, conchas dos sambaquis e molduras de cantaria, unidas por óleo de baleia, características que se mantiveram preservadas ao longo do tempo, graças a projetos de restauração.

Além de sua estrutura e acervo, o local contrasta com a história da região. O museu está instalado nas ruínas do antigo Recolhimento de Santa Teresa – instituição religiosa, fundada na freguesia de São Sebastião de Itaipu em 1764, que confinava mulheres em uma vida de reclusão no período colonial.

Foto: Luciana Macedo/MAI

No início do século XX, a estrutura estava abandonada. Ao longo do século, a capela serviu de presídio e outros pontos do local passaram a ser ocupados por pescadores da região. Tendo em vista seu potencial histórico, iniciou-se, então, um processo de restauração da estrutura. A construção foi tombada pelo Instituto do Patrimônio em 1955, com a participação ativa da Comunidade Pesqueira Artesanal de Itaipu e, em 1968, iniciaram-se as obras de proteção das ruínas contra erosões, até que, em março de 1977, o Museu de Arqueologia de Itaipu foi inaugurado.

Acervo

O museu foi criado para abrigar os artefatos encontrados nos sítios arqueológicos Duna Grande, junto à praia de Itaipu, Duna Pequena e Sambaqui de Camboinhas, patrimônios culturais e símbolos da arqueologia brasileira, cuja proteção e preservação permanente estão previstas pela Constituição Federal.

O acervo do museu é composto por objetos e itens que narram os costumes e a cultura material dos povos que viveram na região antes da colonização europeia, a partir de 1500. No local, são encontrados machados de pedra, pontas de ossos, lascas de quartzo com variadas funções, polidores, peças de cerâmicas e conchas provenientes dos sítios arqueológicos da região.

Nos arredores do Museu, na praia de Itaipu, existe uma comunidade tradicional ligada à arte da pesca; além de outra, no alto do Morro das Andorinhas, integrante do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET). Comunidades com histórias seculares de ocupação, preservação e defesa deste território.

O Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI) é vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), autarquia do Ministério da Cultura, Governo Federal. A visitação ocorre de terça a sexta-feira, das 11h às 16h. As visitas mediadas devem ser agendadas através do e-mail marqueologiaitaipu@gmail.com ou pelo telefone (61) 3521-4365. Mais informações no link.

Fontes: site oficial do Museu de Arqueologia de Itaipu (https://museudearqueologiadeitaipu.museus.gov.br/) e diretoria do MAI




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