Foz do Rio Suruí, em Magé. Foto: Rodrigo Valente
18 anos do BG – SC Leste

Debate e colaboração: a organização colegiada da região leste

O subcomitê Leste tem um histórico de debates que interessam aos vários municípios de sua área de atuação


Com o maior território e a maior área de preservação ambiental dentro do CBH Baía de Guanabara, o Subcomitê Leste foi constituído em 2001, junto com o Subcomitê Oeste. Ele atua em uma sub-região hidrográfica que abrange, integralmente, os municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Guapimirim, e, parcialmente, Rio Bonito, Magé, Cachoeiras de Macacu e Niterói. Sua área total corresponde a 53,66% da Baía.

Seu território começa na vertente guanabarina do Forte Imbuí, no município de Niterói, e vai até a bacia do Rio Suruí, compreendendo o conjunto de bacias hidrográficas dos rios Mutondo e Imboaçu; rios Guaxindiba/Alcântara; Rio Caceribu; rios Guapi/Macacu; Rio Roncador, também denominado Santo Aleixo; Rio Iriri; Rio Suruí e áreas drenantes para a Baía de Guanabara a nordeste, leste e sudeste, desde a bacia do Rio Suruí até o Sistema Lagunar de Itaipu-Piratininga.

Abrigando uma população de quase 1,7 milhão de habitantes, o Subcomitê Leste abriga a Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim, que compõe a maior área de manguezal preservada do Estado do Rio de Janeiro. Contudo, apesar de ser a parte ambientalmente mais preservada da Baía, enfrenta desafios, como o fato de uma parcela de sua população não dispor de saneamento urbano ou rural, e tem como objetivo proteger os recursos hídricos e ambientais que ainda resistem à poluição e à ocupação humana.

Representando o município de Magé junto ao Subcomitê Leste, Maria Aparecida de Souza de Resende relembra alguns momentos importantes da atuação da Subcomitê. Ela conta que participa do CBH Baía de Guanabara desde 2008, primeiro representando a Secretaria de Meio Ambiente de Duque de Caxias, território do SC Oeste, e, já em 2009, como servidora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Magé.

“O município de Magé, por sua posição geográfica, está inserido parcialmente no Leste e no Oeste, tendo sido nossa atuação mais efetiva neste último trecho, onde, além de participarmos da sua constituição, também fomos os primeiros coordenadores. Desde então, venho representando o município nos dois Subcomitês e no colegiado ampliado”, destaca.

Ao longo desse período, Maria Aparecida lembra com carinho da Oficina de Planejamento, uma iniciativa que reuniu prefeituras, sociedade civil e usuários em torno de uma dinâmica que visava entender os desafios do território e propor ações de enfrentamento aos problemas existentes. “Foi um momento muito marcante e de grande participação”.

Mais recentemente, ela também destaca o fato de ter tido seu nome indicado pelos membros do Subcomitê Leste para concorrer a uma vaga na diretoria do Comitê – no dia 30 de junho de 2020, foi eleita para a Diretoria Técnica, durante a Gestão 2020-2022.

“O Comitê de Bacia Hidrográfica possui poder de decisão e cumpre papel fundamental na elaboração das políticas para gestão das águas nas bacias. Fazer parte desse colegiado e contribuir na elaboração dessas políticas públicas é muito mais que gratificante, é ser parte de uma construção coletiva das soluções”.




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